Ruas especializadas são características da cidade de São Paulo. Há uma rua das noivas, uma de madeiras, outra de motores, a dos eletrônicos, a dos lustres, a dos joalheiros, a dos instrumentos musicais e, agora, com sinal dos tempos, a dos evangélicos, ironicamente localizada às costas da Catedral da Sé.
Em pouco mais de duas quadras, há galerias, lojas e camelôs vendendo artigos de que fiéis e pastores possam precisar - desde bíblias até envelopes para a coleta do dízimo. Pode-se encontrar ali o mobiliário necessário para montar um templo. Esse é, por sinal, um, digamos, seguimento de mercado em ampla expansão, com a abertura de 10 mil templos evangélicos por ano.
O burburinho na Conde de Sarzedas é similar ao das vias de comércio popular das proximidades. Pelo menos uma dezena de pregadores tenta ao mesmo tempo atrair fiéis e vender alguma coisa. Alguns pregam aos berros, outros tocam música com caixa de som em alto volume.
Israel Dias, 38 anos, é cantor gospel há quatro e disputa todos os dias um espaço na rua para propagandear seus dois CDs - ambos de produção independente. Ele caça fregueses na rua por 5 ou 6 horas. No meio do dia faz uma pausa para se perfumar e arrumar o terno impecável. "É isso que cativa os clientes", diz. Ele fatura de 150 a 200 reais por dia. Dá uma boa renda mensal. Deus seja louvado!
Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra exclusivo para assinantes).
Postado por: Felipe Pinheiro
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