O culto da primeira noite da 91ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) teve o seu ápice nos momentos finais, quando os presentes tiveram o verdadeiro privilégio de ouvir o coro da Missão Batista Cristolândia, que proclamou com toda a energia que nada além do sangue de Jesus pode libertar o ser humano.
Formado por pessoas libertas do vício das drogas que anteriormente perambulavam pelas ruas da cracolândia de São Paulo, a curta, mas intensa, apresentação do coro da Missão Batista Cristolândia emocionou a todos os presentes, demonstrando de forma clara o poder do nome de Cristo.
Contudo, antes desta apresentação os presentes tiveram a oportunidade de ouvir o orador oficial da 91ª Assembleia da CBB, que nesta oportunidade acontece na cidade de Niterói (RJ).
O preletor nesta ocasião foi o pastor da Primeira Igreja Batista em São Paulo, Paulo Eduardo Gomes Vieira.
Antes do início de sua fala, o pastor Paulo Eduardo foi brindado por uma apresentação muito especial, proferida pelo pastor Irland Pereira de Azevedo, que também já esteve à frente da PIB em São Paulo e que afirmou: É um prazer muito grande apresentar o pastor Paulo Eduardo, ele é um homem que tem o coração de pastor.
O orador da 91ª Assembleia começou sua preleção lendo a divisa do evento, que está em Romanos 8.21-22.
Segundo ele, o apóstolo Paulo fala neste texto, no aspecto teológico, de um mundo decaído e deformado pelo pecado. Mundo que antes era articulado, mas que se tornou desarticulado pela desobediência humana.
Na opinião do pastor Paulo Eduardo, o apóstolo chega a assumir um aspecto melancólico ao afirma que toda a criação geme, padece de angústia, elaborando um retrato da condição humana, decaída por estar distante de Deus.
A partir deste diagnóstico o orador oficial da 91ª Assembleia estabelece uma relação entre a fala do apóstolo Paulo e a realidade dos batistas brasileiros, incluindo aí aspectos como a proteção do meio ambiente e a busca pela plenitude de vida.
A partir daí o pregador destacou alguns desafios que devem ser assumidos pelos batistas brasileiros para terem uma vida plena.
O primeiro desafio é fazer com que cada cristão tenha uma visão correta de si mesmo. Devemos nos lembrar de que não existimos em função de nós mesmos, mas se Deus nos preserva aqui é porque existe um mundo em sofrimento que aguarda a nossa manifestação.
Nesta hora ele destacou o fato de que, infelizmente, nem sempre a igreja manifesta o Reino de Deus: Nem sempre os nossos contornos religiosos e traços institucionais transparecem o Reino de Deus, mas às vezes eles escondem o Reino de Deus.
Em segundo lugar, o pregador afirmou que as igrejas e a denominação devem promover ações e estratégias menos intra-eclesiásticas e mais extra-eclesiásticas.
A partir deste momento ele contou a experiência de sua igreja, que passou a se envolver com a comunidade à sua volta com o trabalho realizado na cracolândia. Temos perto de nós bairros tradicionais como Higienópolis e Pacaembu, onde mora a classe média alta. Mas perto de nós também há uma das áreas mais degradadas do país, repleta de promiscuidade e conhecida como cracolândia. Assim, ao tomar posse da igreja cheguei à conclusão de que não fui enviado ali para ficar confinado às paredes da igreja, declarou o pastor Paulo Eduardo.
Assim, tomando a experiência de sua igreja como um exemplo, o pregador lançou um desafio: Deus nos desafiou para que alcancemos o mundo. Assim, quero acreditar que vou olhar para Cristo e morrer pelas utopias que Jesus nos deu.
Ao final de sua palavra, ele apresentou parte do resultado do trabalho realizado na cracolândia paulista, o coro formado por membros da Missão Batista Cristolândia, que emocionaram a todos cantando com toda força: Eu sou livre, nada além do sangue de Jesus.
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