Com apenas 20 anos, a jovem cristã Reena, que mora na Índia, já sabe o que é ser perseguida por causa de sua fé. Quando criança, seus pais converteram do hinduísmo ao cristianismo. A partir desse dia, ela conheceu de perto o que é ser odiada.
“Meus pais sempre me explicaram que a perseguição acontece quando você é cristão. E eu não tinha inveja dos hindus, porque Jesus me dava alegria interior”, ressalta Reena. Apesar de tímida, ela contou ao Portas Abertas sobre os desafios que tem passado.
A perseguição começou desde cedo, quando criança. Seus colegas de escola a tratavam de modo diferente por não participar dos rituais hindus. “Ninguém queria brincar comigo, porque eles eram hindus e eu não. Depois da escola, simplesmente ficava em casa e brincava sozinha”.
Com o passar dos anos, essa perseguição foi sendo acentuada. Ela chegou a estudar em outra cidade, morando em um albergue. Mas quando seus pais ficaram sem poder pagar seus estudos, ela teve que começar a trabalhar. Então, encontrou emprego como professora em uma escola onde o salário seria 1.500 rúpias (no Brasil, cerca de 82 reais).
Infelizmente, pelo fato de ser cristã, seu emprego não era honesto e ela não recebia o que estava no contrato. “Nos dois primeiros meses eu recebi só 500 rúpias (27 reais), e depois nada. Então, depois de seis meses eu saí desse emprego”, contou.
Dias depois, outra escola lhe ofereceu emprego. O diretor a convidou para uma reunião de professores, e lá lhe ofereceram alguns doces. O que Reena não sabia é que a reunião era uma cilada. Os doces estavam contaminados com drogas e na hora ela perdeu a consciência.
Quando acordou, se viu em um trem com outras adolescentes. Elas disseram que queriam ajudá-la, mas Reena desconfiou delas por achar que tinham algo a ver com o sequestro, e as mandou embora. Ela percebeu que estava bem longe de seu vilarejo, cerca de 15 horas de distância.
Com as poucas moedas que tinha no bolso, ligou para a única pessoa que conhecia naquela cidade. “Era uma amiga que veio me pegar com seus pais”, lembra. Eles ligaram para os pais de Reena, que informaram a polícia.
Apesar da urgência, a polícia só deu ordem de prisão para o diretor da escola e os funcionários três dias depois. Apesar do acontecido, eles foram liberados em pouco tempo. Reena foi levada ao hospital quando chegou em casa. Aos poucos, ela saiu do estado de choque, mas quando teve noção de tudo o que tinha acontecido, ficou com ainda mais medo.
Ela estava tão abatida que não via mais razão para viver e até pensou em cometer suicídio. Mas, pela graça de Deus, Reena resistiu a mais uma provação.
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