Cristão é multado por ler sua Bíblia em casa, no Turcomenistão

Akhmad foi abordado por um policial que aparentemente queria informações de seu passaporte.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 8 de maio de 2018 às 14:59
No Turcomenistão não há liberdade de imprensa nem de religião. (Foto: Reprodução).
No Turcomenistão não há liberdade de imprensa nem de religião. (Foto: Reprodução).

Akhmad, um líder cristão ex-muçulmano que vive no Turcomenistão foi multado por um policial por estar lendo sua Bíblia em casa. Segundo o oficial, ele só teria permissão para ler o lívro sagrado dentro de uma igreja.

O Turcomenistão é um país localizado na Ásia Central. Nele, a maioria da população é muçulmana, predominantemente sunita. Apesar disso, seria errado chamar o país de uma nação muçulmana.

Segundo as organizações Portas abertas, cerca de 70 anos de ateísmo durante a era soviética deixaram uma profunda influência na região. Porém, “a perseguição é severa e a nação está na 19º colocação na Lista Mundial da Perseguição 2018”, ressalta o grupo que luta pelos cristãos perseguidos.

Na semana passada, Akhmad compartilhou sua história com a Portas Abertas. Ele confirmou que foi multado pelo fato de estar lendo sua Bíblia em casa. Ele afirmou que um policial local veio a sua casa e disse que apenas recolheria informações de seu passaporte.

Foi neste momento em que ele viu a Bíblia de Akhmad, a qual ele lia. No mesmo momento o policial multou o cristão e pela posse do livro.

Akhmad ainda tentou argumentar em seu favor, mas quando começou a contestar que a atitude do policial era contra a lei, porque o código do Estado turcomano permite que pessoas cristãs leiam sua Bíblia em casa, o policial respondeu que ele deveria ler a Bíblia na igreja.

Segundo o líder cristão, o policial ainda salientou que ele não poderia manter o livro em sua casa. Akhmad teve seu nome real ocultado por motivos de segurança.

Sem liberdade

No Turcomenistão não há liberdade de imprensa nem de religião, além de praticamente nenhuma liberdade da população de viajar para o exterior do país, segundo a Portas Abertas. “Lá, as igrejas se reúnem de maneira secreta, nas casas”, informa.

Em abril deste ano, membros de uma igreja doméstica foram parar na delegacia. Durante um momento de oração, a polícia invadiu a casa, vasculhou tudo e revistou todos. Eles foram levados para a delegacia "para esclarecer as circunstâncias" da reunião e tiveram de permanecer lá por várias horas.

“Após o questionamento, todos foram libertados, mas parentes muçulmanos de alguns membros agora tornaram-se agressivos pois descobriram a nova fé dos cristãos. Os membros dessa igreja estão sob vigilância rigorosa da polícia”, ressaltou a Portas Abertas.

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