A instituição Fundo Barnabé, que apóia cristãos perseguidos em todo o mundo, disse que, pelo menos, três cristãos foram mortos e muitos ficaram feridos em Asendabo, onde a maioria é muçulmana.
Os ataques foram realizados na comunidade após muçulmanos acusarem um cristão de profanar exemplar do alcorão. Há relatos de que cerca de 55 igrejas e dezenas de casas foram incendiadas, com outras propriedades saqueadas por uma multidão de combatentes islâmicos.
O Fundo Barnabé disse que as igrejas na cidade de Jimma ficaram "abarrotadas", pelos inúmeros cristãos que chegaram à cidade à procura de segurança.
As igrejas estão se esforçando para atender às necessidades de cerca de 10.000 cristãos deslocados, muitos dos quais têm necessidade urgente de alimentos, remédios, abrigos, cobertores e roupas.
Os muçulmanos constituem cerca de um terço da população da Etiópia e tradicionalmente viviam pacificamente com os cristãos.
O Fundo Barnabé disse, no entanto, que alguns muçulmanos estavam se tornando cada vez mais radicais devido aos pregadores da Arábia Saudita e Paquistão, que estão promovendo formas mais agressivas do Islã.
Um membro da equipe do Fundo Barnabé que retornou da Etiópia na segunda-feira disse: "A maneira pela qual os cristãos têm sido aterrorizados por radicais islâmicos é verdadeiramente chocante. Este foi um momento muito angustiante para os fiéis." Depois de enfrentar duras críticas por não conter a violência, o Fundo Barnabé disse que as forças de segurança fazem um esforço mais concentrado para acalmar a situação.
A organização está enviando uma doação para ajudar as igrejas na cidade de Jimma a lidarem com a chegada dos cristãos deslocados.
O diretor internacional do Fundo Barnabé, Dr. Patrick Sookhdeo, disse: "Essa resposta totalmente desproporcionada de islamistas da Etiópia precipitou uma crise humanitária. Agora, nossos irmãos e irmãs precisam urgentemente das nossas orações e assistência prática em meio a essa devastação."
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