Cristãos são acusados de “conversões forçadas” por participarem de casamento, na Índia

A prisão dos quatro cristãos é a primeira desde que o estado de Jharkhand adotou a lei anti-conversão, em setembro de 2017.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: sábado, 9 de junho de 2018 às 13:25
Um pastor, seu assistente e o casal foram presos. (Foto: Reprodução).
Um pastor, seu assistente e o casal foram presos. (Foto: Reprodução).

A organização cristã de direitos humanos Christian Solidarity Worldwide (CSW) informou que a polícia do estado de Jharkhand, na região leste da Índia, prendeu quatro cristãos e está investigando outros 11 sob acusação de conversões.

A prisão dos quatro cristãos é a primeira desde que o estado de Jharkhand adotou a lei anti-conversão, em setembro de 2017.

Segundo a entidade, as prisões tiveram início quando os moradores se opuseram ao casamento de um casal cristão que ia se casar no dia 30 de maio. Eles consideraram a cerimônia realizada por cristãos uma ofensa para sua cultura e religião.

Quando o casal levou o caso à polícia, recebendo o apoio do pastor e seu assistente, todos eles chegaram a ser levados sob custódia e “acusados sob a seção 4 do Ato de Liberdade de Religião de Jharkhand, que criminaliza conversões religiosas”.

Ainda de acordo com CSW, os quatro estão presos e, se forem considerados culpados, podem ser condenados a três anos de prisão ou a pagar multa de 50 mil rúpias ( cerca de 2.900 reais).

Ao mesmo tempo, a polícia do estado também está investigando outro caso envolvendo 11 cristãos. A CSW informa que eles foram acusados de envolvimento em conversões forçadas depois que se reuniram para orar em uma casa no vilarejo de Medhasai, no distrito de Chaibasa.

Sabe-se que os 11 ainda não foram detidos. Além disso, eles tiveram de  fugir por medo de serem presos. Jharkhand é um dos sete estados indianos onde vigora a lei anti-conversão.

O BJP é o partido no poder em seis desses estados. Líderes de igrejas protestaram contra o governo do BJP em Jharkhand quando a lei foi aprovada. A Portas Abertas pede que cristãos ao redor do mundo orem pelos irmãos indianos, “para que tenham sabedoria e força para lidar com a perseguição”.

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