Cristãos são presos por 13 anos acusados de "culto maligno" contra o governo, na China

O regime comunista tem usado o 'culto maligno' como pretexto para prender mais de 200 cristãos.

Fonte: Guiame, com informações do World Watch MonitorAtualizado: terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 17:30
Os homens e mulheres que foram presos pertenciam a um grupo de igreja não registrada. (Foto: World Watch Monitor).
Os homens e mulheres que foram presos pertenciam a um grupo de igreja não registrada. (Foto: World Watch Monitor).

Um tribunal chinês na província do sudoeste de Yunnan mandou seis cristãos protestantes para a cadeia, na semana passada. O motivo? Acusaram eles de uma suposta participação em um "culto do mal".

As prisões são parte de uma repressão provincial em cultos, já que o Partido Comunista dominante permanece em sua campanha nacional de restringir igrejas não registradas antes que novos regulamentos religiosos entrem em vigor na semana que vem.

Os seis cristãos receberam sentenças longas de até 13 anos por um tribunal da cidade de Lincang, no oeste de Yunnan, que os considerou culpados de fazer parte de uma seita chamada "Três Graus de Servos" e de "usar um culto maligno para se organizar para minar a aplicação da lei", disse o advogado, Xiao Yunyang, à Rádio Free Asia.

De acordo com a Libertação Internacional, desde 2016 a China vem fazendo uso da tal campanha contra a seita "como pretexto para prender cerca de 200 cristãos em todo o território de Yunnan. Alguns cristãos já foram condenados, enquanto outros estão aguardando julgamento".

Uma fonte local disse ao World Watch Monitor que as autoridades "raramente dão penas de prisão tão longas por razões religiosas, mesmo em uma região sensível como Xinjiang [na Região Autônoma Uyghur]. Mas ambos os “Três Graus de Servos” e “Falun Gong” são cultos bem conhecidos na China e líderes destes movimentos estão sujeitos a fortes punições".

Os seis homens e mulheres, que pertencem a um grupo de igreja não registrada, negaram todas as acusações e, de acordo com seu advogado: "Os juízes em Yunnan eram realmente malvados. Eles não prestaram atenção aos argumentos de que nenhum ato ilegal foi cometido e que não houve qualquer tipo de dano para a sociedade".

De acordo com Rádio Free Asia, Xiao foi notificado de que sua licença para praticar a lei será revista para ver se ele estava "defendendo ilegalmente" seus clientes.

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