Cuba irá construir sua primeira Igreja Católica desde a liderança de Fidel Castro

 

Depois de quase 60 anos sem nenhum avanço, a primeira Igreja Católica será construída em Cuba, na aldeia de Sandino, província de Pinar del Rio. A construção do templo católico é fruto de uma aproximação do país com os Estados Unidos e o Vaticano.

"Não temos dinheiro nem materiais de construção para começar, mas nós temos as permissões. Por isso, tudo está pronto", disse o bispo de Pinar del Río, Jorge Enrique Serpa Pérez.

Cristianismo em Cuba

Após a Revolução Cubana e a ascensão de Fidel Castro no poder, em 1959, muitos cristãos foram exilados, e a prática do catolicismo foi restringida.

O governo de Fidel Castro declarou Cuba um país praticante do ateísmo, vendo qualquer prática religiosa como reacionária e antigoverno. Embora 85% da população seja católica (por causa do ateísmo, são em sua maioria nominais), apenas uma pequena parcela da população vai à igreja com certa frequência. Os protestantes estão entre os outros 15% da população.

Durante os anos 90, várias denominações cristãs cresceram rapidamente, a ponto de hoje ser muito difícil encontrar uma cidade cubana sem uma igreja evangélica. Atualmente o número de cristãos protestantes no país gira em torno de 550 mil em crescimento.

Interesses Políticos

Muitos questionaram os motivos por trás do movimento. Pedro Rodriguez, diretor da Fundação dos Direitos Humanos em Cuba, afirma que a aprovação foi "um golpe de imagem para projetar Raul Castro como um verdadeiro reformador".

"O governo cubano é o principal interessado em atrair investidores, dando a impressão de que Cuba está evoluindo para uma experiência menos totalitária", disse Rodriguez.

"Como resultado do governo totalitário de Castro, milhões de pessoas vivem na pobreza, nas prisões, e muitos perderam suas vidas. Além disso, os direitos de cidadãos cubanos dados por Deus são reféns da perseguição governamental", Pastor Samuel Rodriguez, presidente da Conferência de Liderança Cristã Nacional Hispânica.