Defendemos a reorientação pela Bíblia, diz líder do Movimento de Ex-Gays do Brasil

Miriam Fróes é pastora, ex-lésbica e líder do movimento que busca acolher homossexuais em busca de reorientação.

Fonte: Guiame, com informações do Universa (UOL)Atualizado: sexta-feira, 27 de setembro de 2019 às 15:07
Miriam Froés é idealizadora do Movimento de Ex-gays do Brasil. (Foto: Robson Stailer)
Miriam Froés é idealizadora do Movimento de Ex-gays do Brasil. (Foto: Robson Stailer)

Durante 20 anos de sua vida (dos 13 aos 33), Miriam Fróes viveu como homossexual, mas já chegando aos 30 anos começou a questionar sua própria opção sexual.

"Eu trocava muito de parceira e aquilo foi causando crises existenciais em mim", contou ela em entrevista para o site Universa, da UOL.

Foi exatamente nessa busca por respostas que ela acabou encontrando no Evangelho o que procurava e hoje é pastora da Igreja Manancial Palavra Viva e líder de um movimento de pessoas que, como ela, tiveram uma experiência de reorientação e abandono da conduta homossexual, que transformou suas vidas por completo.

Nomeado como Movimento de Ex-Gays do Brasil, o grupo se encontrou recentemente com a ministra Damares Alves, mas afirma que não tem pretensões sobre cargos políticos. Apenas está em busca de combater o preconceito que sofre, sobretudo por parte da própria militância LGBT, a qual tenta invalidar a existência dessas pessoas.

“Fomos porque gostaríamos que o Ministério desse o mesmo reconhecimento e respaldo que dá aos outros movimentos. Queremos um reconhecimento apenas no direito de existir. Ela nos recebeu e levamos um material da nossa existência. E pedimos para que o ministério, assim como faz com o movimento LGBT, com os índios ou com qualquer classe que pede apoio e reconhecimento, pudesse contemplar a nossa existência”, destacou Miriam.

"No momento, a pauta principal foi ir ao Ministério dos Direitos Humanos e nos pronunciar: 'Olha, nós existimos'. O propósito do MEGB é unir as pessoas que foram homossexuais e hoje não são mais. É para ser um plataforma onde as pessoas, espalhadas pelo Brasil, possam se identificar, para que se sintam representadas. Não temos pretensão política nenhuma", acrescentou.

Quando questionada sobre o termo "cura gay", Miriam reforçou que ela ou o grupo jamais consideraram a homossexualidade uma doença, por isso não se fala em cura, mas sim uma possível reorientação.

"Não, eu não acho que a homossexualidade seja uma doença. O movimento acha que é um conflito emocional causado por traumas vivenciados na infância. Entre eles, abusos sexuais, agressões dentro de casa, ausência do pai ou da mãe. Isso pode causar um sentimento de carência, de não encontrar a identidade, e você vai em busca de criar essa identidade para você", disse. "A homossexualidade pode ser originada por questões emocionais, mas também não é uma escolha fechada. Cada um vai desenvolver da sua maneira. Existem pessoas que não vivenciaram nada disso e têm sentimentos homossexuais, e eu não sei te explicar".

"Nós não estamos aqui para discutir se se nasce ou não gay, se há ou não cura para a homossexualidade. Acho que cada um tem o direito de viver a sua vida como deseja viver. Agora, se eu fui homossexual durante quase 20 anos e abandonei esse estilo de vida, eu gostaria também que as pessoas me olhassem e não duvidassem de mim", acrescentou.

Reorientação e livre arbítrio

Finalizando a entrevista, Miriam explicou que a intenção do grupo não é forçar a reorientação de nenhum homossexual, mas sim mostrar àqueles que não estão satisfeitos com a homossexualidade, que há outro caminho. Também se baseando em seu testemunho e no de várias outras pessoas que abandonaram a conduta homossexual com a ajuda da mensagem do Evangelho, ela acredita no poder da Bíblia e a importância da busca espiritual dentro desse processo.

"Todo homossexual que não está satisfeito com a sua homossexualidade deve procurar ajuda. A ajuda que for, ele quem vai decidir. O MEGB defende [a ajuda] pela Bíblia, pela espiritualidade. E eu não acho que todo homossexual precise de reorientação. Ele precisa ficar como está, caso se sinta bem. Todo mundo tem livre arbítrio para viver e escolher o jeito que se sente melhor neste mundo. Inclusive, a Bíblia fala sobre isso. O movimento não está aqui para se opor a isso", afirmou.

 

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