Depois de se desafiar a viver sem Deus por um ano, pastor abandona cargo e se torna ateu

“O mundo faz mais sentido como ele é, sem postular um ser divino que, de alguma forma, está no comando das coisas”, afirma Ryan Bell.

Fonte: GuiameAtualizado: terça-feira, 30 de dezembro de 2014 às 21:54

Ryan Bell, ex-pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia nos EUA, desafiou a si mesmo a passar um ano de sua vida sem Deus. Ao fim da experiência realizada ao longo de 2014, a fé de Bell se esfriou e como resultado já provável, se tornou ateu.

Após ter publicado suas experiências nos últimos 12 meses em seu blog Year Without God [Ano Sem Deus], Bell afirma que chegou a conclusão de que “o mundo faz mais sentido como ele é, sem postular um ser divino que, de alguma forma, está no comando das coisas”.

“A energia intelectual e emocional que é preciso ter para descobrir como Deus se encaixa em tudo é muito maior do que lidar com a realidade como ela se apresenta para nós”, afirma o novo ateu como maior argumento para abandonar a fé.

O ex-pastor, que agora atua como diretor de uma comunidade que assiste pessoas desabrigadas no sul da Califórnia, conta que enxerga oportunidades para trabalhar entre ateus.  “Eu não acho que vou me juntar tão cedo a um movimento para destruir a religião, apesar de já ter tentado isso. Ainda tem muita gente com uma boa fé para encarar a religião como um tipo de mal universal. Mas eu acho que há muito trabalho a ser feito entre os ateus”.

Ainda que tenha se tornado incrédulo, a esposa de Bell ainda é cristã. “É um desafio às vezes, mas ela é uma pessoa de mente aberta. Eu a chamaria de uma humanista cristã, ou uma humanista no caminho de Jesus, se é que isso faz sentido. Eu ainda compartilho um amor pelas histórias do Jesus radical que preferia os pobres e oprimidos, por isso, encarando superficialmente, não é tão diferente do que possa parecer. Além disso, a nossa relação é muito mais do que os debates sobre a existência de Deus”.

Bell demonstra não se importar com as críticas feitas por cristãos depois de sua experiência. “Não há muito que dizer. Eu não sinto que eu preciso me defender. Eu só perdi dinheiro e potencial de ganhos neste ano, mas eu não mudaria nada. Eu não posso provar que não estou sendo desonesto mais do que eu posso provar que Deus não existe. As pessoas simplesmente têm de avaliar as provas e decidir por si mesmos”, afirma.

Com informações de Religion News Service
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