“Devemos proclamar a seriedade do inferno”, diz pastor sobre evangelizar pessoas pobres

Mez McConnell já foi um morador de rua e sabe que para além de comida e roupas, os missionários devem priorizar o Evangelho.

Fonte: Guiame, com informações do Voltemos ao EvangelhoAtualizado: domingo, 29 de abril de 2018 às 15:09
Mez McConnell é fundador do 20schemes, um ministério voltado para plantação de igrejas nos lugares mais difíceis. (Foto: Reprodução).
Mez McConnell é fundador do 20schemes, um ministério voltado para plantação de igrejas nos lugares mais difíceis. (Foto: Reprodução).

O pastor Mez McConnell é bastante radical quando se fala em evangelizar pessoas em situação de rua. Ele já foi uma e sabe como as condições ruins podem endurecer um coração. Mas, para ele não adianta apenas oferecer alimento, roupas e um evangelho que só fala do amor de Deus. É preciso falar também da seriedade do inferno.

“Entre o tempo em que plantei igrejas no Brasil e meu trabalho agora em Edimburgo, em um dos conjuntos habitacionais mais carentes da Escócia, recebi inúmeros grupos missionários temporários. E, ao mesmo tempo que recebia com alegria a ajuda deles, percebi ao longo dos anos que vários desses grupos chegavam sem qualquer entendimento a respeito da mensagem do evangelho”, explica.

“O evangelho trata de boas-novas. Elas de fato são as melhores notícias. E é essencial que entendamos corretamente a mensagem e a mantenhamos no lugar certo. Entender a mensagem errado seria o mesmo que tomar um remédio fora da sua validade: ele é incapaz de curar”, explicou.

Correta e fielmente

Mez McConnell deixa claro a importância de que a mensagem de Cristo seja transmitida fielmente. “Precisamos ter a disposição de investir tempo para que a mensagem seja transmitida correta e fielmente. O evangelho abrange tudo a respeito da vida, tanto esta vida presente quanto a vida futura. Muitos dos jovens que desejam servir em períodos curtos em comunidades carentes da Escócia estão empolgados pelos pobres e apaixonados pela ideia de ser missionários e de ‘romper barreiras’. Mas, infelizmente, eles colocam a ênfase no lugar errado”.

O pastor diz que colocar “reconciliação racial, justiça social, ou na renovação da cultura” na frente do evangelho é um erro. “A mensagem do evangelho não se resume apenas ao amor de Cristo ou o ao desejo de Deus de tirar você das dificuldades nas quais você se encontra. A maior necessidade nos conjuntos habitacionais não é a mudança social ou econômica”, disse.

“O maior problema deles é o fato das pessoas estarem alienadas de um Deus santo porque o fedor dos pecados delas ofende a Deus. Assim, essas pessoas precisam de um Senhor e Salvador real que morreu e ressuscitou por elas para que pudesse remover todo o seu pecado e substituir seu coração endurecido e idólatra por um coração de carne. Qualquer outra mensagem é incapaz de começar a ajudar”, ressaltou.

A verdadeira ajuda

“Sendo claro, não somos contra ajudar as pessoas com seus problemas físicos diários. Há situações em que seria positivamente ruim para uma igreja não ajudar alguém com necessidades físicas. Mas é necessário priorizar a mensagem do evangelho; ele vem primeiro. Pobreza, violência e injustiça são problemas reais num nível pessoal e social. Mas são sintomas da doença espiritual que carregamos conosco”, colocou.

“Tratar os sintomas é algo bom e nobre, mas sem a cura do evangelho o paciente certamente morrerá. O que de mais amoroso podemos fazer pelos seres humanos ao nosso redor é proclamar-lhes a realidade e a seriedade do inferno, independentemente do que possam pensar a nosso respeito depois disso. Eis um ato de amor sacrificial. Apenas parte da verdade sobre Deus não será suficiente”.

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