Diretor da ADRA Brasil vai intensificar profissionalização da agência

Diretor da ADRA Brasil vai intensificar profissionalização da agência

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:15

Pelo menos 14 anos de experiência com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) conferem a Paulo Lopes, 45 anos, com formação em contabilidade e administração, a capacitação necessária para assumir o desafio de ser o primeiro diretor do que hoje se chama ADRA Brasil.

Lopes já chegou à sede sul-americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Brasília, nesta semana, de onde vai coordenar as demais regionais da ADRA. O pastor Günther Wallauer continua com a coordenação sul-americana da ADRA, responsável pelo trabalho em oito países. Casado e pai de dois filhos, Paulo Lopes trabalhou no Unasp (campus São Paulo), Associação Paulistana, União Central Brasileira e, nos últimos anos, serviu como missionário em países como Angola, Moçambique, Armênia, Rússia e Índia. Um de seus grandes desafios é dar prosseguimento ao processo de profissionalização da Agência em território brasileiro a exemplo do que ocorre em outros países do mundo. A ADRA é uma agência humanitária, ligada por princípios à Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas com autonomia administrativa para atuação em mais de 100 países do mundo.

Paulo Lopes falou à reportagem da ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) e relatou um pouco de sua experiência em outros países. Na África, por exemplo, ele participou da concepção e desenvolvimento de projetos para alimentação de milhares de pessoas. “Em Angola, por exemplo, chegamos bem no momento em que ocorria uma das tantas guerras civis do país e logo lidamos com refugiados e pessoas que precisavam de alimento em uma situação de emergência”, comenta o diretor da ADRA Brasil. Em Moçambique, projetos nos quais Paulo Lopes esteve envolvido garantiram alimentos para mais de 50 mil pessoas, além de programas posteriores de desenvolvimento humano e profissional. Na Índia, o brasileiro explica que sua atuação foi intensa nas regiões afetadas pelo tsunami ocorrido em 2004 e que afetou milhares de pessoas. “Trabalhamos com distribuição de alimentos e, também, construção de 150 casas em determinadas regiões para as vítimas, além do abastecimento de água potável”, lembra. Durante um ano inteiro, em uma região do sul da Índia, o projeto da ADRA foi responsável pela garantia de água a aproximadamente quatro mil pessoas.

O acesso em muitos locais era difícil, inclusive com até 9 horas de viagem de barco sem contar o deslocamento de avião a partir da capital, Nova Dehli. Lopes estima que, no período em que esteve na Índia, em torno de 20 projetos tenham sido realizados pela equipe da ADRA com parceiros cujo benefício se estendeu a aproximadamente 50 mil pessoas. Um relato que chama a atenção sobre a importância da ADRA é o que ocorreu na fronteira do país com Mianmar e Bangladesh. A cada 50 anos, a região é atingida por uma praga de ratos que devoram todo o bambu e acabam com a economia local. Nesta área, a ADRA foi responsável por um projeto de 1 milhão e 200 mil dólares que ajudou 2.500 famílias com alimentação. As pessoas foram prejudicadas devido a esta praga.

No Brasil – De volta à terra natal, suas expectativas são as melhores, pois vê, no Brasil, um potencial de captação de recursos e realização de bons projetos de desenvolvimento e atenção em situações de emergência. “Acreditamos que vamos poder trabalhar com parcerias estabelecidas com governos, empresas e com os próprios membros adventistas através de um plano de apoio sistemático aos projetos da ADRA. No momento, vamos fazer um diagnóstico da ADRA no país e então traçar um planejamento estratégico”, prevê. Durante dois meses, Paulo Lopes vai conhecer os principais projetos realizados em todas as regiões brasileiras.  

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