
Como a maioria dos evangélicos, acompanhei com certa curiosidade a vinda do Papa ao Brasil. Preferi não me precipitar sobre as verdadeiras intenções do novo líder católico, apesar de suas aparentes boas intenções. Entendi a escolha de um homem mais carismático no último conclave. Como ouvi um amigo católico desiludido com a situação de sua Igreja comentar, “o Papa anterior tinha olhos de peixe morto", comparando o aposentado Ratzinger à Bergoglio. Os mais de um bilhão de católicos no mundo precisavam de alguém mais enérgico que transmitisse mais vida e enxergasse a realidade decadente da Igreja católica.
Mas foi no avião que partiu de volta à Itália que Francisco finalmente demonstrou a que veio; em duas declarações aos jornalistas a bordo do avião papal em uma entrevista que durou uma hora e meia. Comentando sobre homossexualismo e divórcio, com a mesma naturalidade com que passeou em seu Fiat Idea pelas ruas do Rio de Janeiro, Francisco disse o seguinte:
“Se alguém é gay e busca ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”
“Eu creio que esse é um tempo de misericórdia e mudança de época”, respondeu o Papa quando perguntado sobre o divórcio, sinalizando o OK da Igreja em relação ao tema.
Agora tenho minha opinião formada. O Papa não traz nova esperança e sim confirma as esperanças que já há muito morreram na Igreja Católica Apostólica Romana. Ele não traz mudança alguma, apenas oficializa – o que não deixa de ser preocupante – a realidade “não praticante” do catolicismo.
Obs.: O amigo católico que mencionei no começo do texto é católico carismático, e concorda comigo!
(fonte das declarações: CNN)
Pr. Glauber Alencar - Coordenador do Conselho de Pastores do estado de São Paulo e Pastor Assembleia de Deus Central em São Paulo