Empresário cristão é processado por se recusar a fazer camisetas da 'parada gay'

Blaine Adamson não quis fazer camisetas com mensagens LGBTs e foi processado por ativistas gays. Após cinco anos, ele venceu a causa.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 16 de maio de 2017 às 15:43
Blaine Adamson contou que preferiu obedecer a Deus. (Foto: Reprodução/YouTube).
Blaine Adamson contou que preferiu obedecer a Deus. (Foto: Reprodução/YouTube).

Um designer cristão foi processado por recusar a imprimir camisetas com mensagens que apoiam a causa LGBT. O caso estava em execução há mais de cinco anos. Blaine Adamson recebeu o pedido para confeccionar camisas que promoveriam o festival do orgulho gay de Lexington, a segunda cidade mais populosa do de Kentucky (EUA). O evento é realizado pela organização de serviços para gays e lésbicas.

O empresário ganhou com uma vitória significativa no caso sobre a liberdade dos americanos de executar seu negócio de acordo com suas crenças. Um tribunal de apelações de Kentucky decidiu que a Hands On Originals (sua empresa) pode recusar pedidos que sejam contrários ao que ele acredita, baseado em suas crenças religiosas.

O fato aconteceu em 2012, quando Adamson preferiu não aceitar o trabalho com camisas que deveriam ter as mensagens LGBTs. Ele encontrou e indicou outra gráfica para a organização, que acabou entregando as camisetas gratuitamente. Mesmo assim, os representantes gays apresentaram uma queixa sobre a recusa do empresário.

Processo longo

Em 2014, a Comissão de Direitos Humanos do Condado de Lexington-Fayette decidiu que Adamson deveria imprimir mensagens quando os clientes lhe pedissem, mesmo que entrem em conflito com sua fé. Os advogados da Alliance Defending Freedom apelaram para o Tribunal de Fayette, que reverteu a decisão.

A comissão então apelou dessa decisão para a Corte de Apelações, e perdeu. Jim Campbell, advogado sênior da ADF, disse: "Os americanos devem ter sempre a liberdade de crer, a liberdade de expressar essas crenças e a liberdade de não expressar ideias que violariam sua consciência".

Ele disse que a decisão foi uma vitória para os empresários desse ramo e outros profissionais criativos que servem a todas as pessoas, mas que não podem promover todas as mensagens. "É também uma vitória para todos os americanos porque nos tranquiliza. Não importa o que você acredita, a lei não pode forçá-lo a expressar uma mensagem em conflito com suas convicções mais profundas", disse.

Absolvido

O parecer do tribunal de apelações escrito pela juíza-chefe Joy A. Kramer descobriu que Adamson não se envolveu em discriminação ilegal. Ela explicou que nenhuma evidência demonstra que a Hands On Originals "recusou a qualquer indivíduo o gozo pleno e igual dos bens, serviços, facilidades, privilégios, vantagens e acomodações oferecidos a todos os outros porque o indivíduo em questão tinha uma orientação sexual específica ou gênero identidade”.

Na verdade, Adamson regularmente faz negócios e emprega pessoas que se identificam como LGBTs. A opinião concordante da juíza Debra Hembree Lambert diz que a empresa é protegida pelo estatuto da restauração da liberdade religiosa de Kentucky, e que Adamson tem o direito sob essa lei para operar seu negócio consistentemente com suas "convicções religiosas sinceramente prendidas".

Adamson, em um vídeo sobre seu caso, diz: "Chegou um ponto onde eu estava tão abatido, que só fui para casa e deitei na cama com as luzes apagadas”. Ele diz que recusou o pedido por ser responsável perante Deus pela mensagem das camisetas e não conseguiu imprimir nada com quem ele discordasse. “Eu respeito e obedeço ao meu Deus, não promoveria algo contra Ele", finalizou.

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