Os discípulos pediram a Jesus: "Ensina-nos a orar". Pediram porque discerniram que até ali não sabiam, embora fizessem parte de uma cultura religiosa que acumulava muitas rezas e orações ensinadas, por muitas gerações; ou seja, apesar de religiosamente orarem muito, perceberam que não sabiam orar.
E pediram a Jesus não que orasse por eles, mas que os ensinasse a orar. Discerniram aquilo o próprio Jesus afirmou categoricamente em outra ocasião: "vocês pedirão em meu nome, não pedirei ao Pai em favor de vocês..."(João 16); de que poderiam ir a Deus, por causa de Jesus, de que não dependeriam da figura humana de Jesus, mas se apropriariam do direito dado por Jesus de irem direto a Deus.
Por isso, pediram a Jesus que os ensinasse a ir a Deus e não que fosse a Deus por eles; pediram que os ensinasse a orar e não que orasse por eles.
Muitas vezes pedimos que pessoas iluminadas orem por nós, que façam suas rezas e mandingas, que abençoem-nos de modo sacerdotal, que amarrem suas fitas, que nos deem de suas águas consagradas, que levem nossos nomes a montes e muros, que levem nossos pedidos a Deus, que, enfim, orem por nós.
Em Jesus aprendemos a orar e não somos estimulados a depender de orações feitas por Ele ou de rezas feitas por qualquer que seja o guru; porque qualquer um de nós pode e deve orar diretamente ao Pai. Em Jesus aprendemos a autonomia da espiritualidade que depende apenas do Pai.
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