Um novo ataque do Estado Islâmico deixou mais de 100 mortos na cidade cristã de Al-Qaryatayn (Síria), de acordo com um grupo de monitoramento. As execuções em massa duraram quase três semanas e aconteceram alguns dias antes do governo sírio recuperar a cidade.
Segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, um núcleo que possui extensa rede de fontes na Síria, o Estado Islâmico “realizou, durante um período de 20 dias, pelo menos 116 homicídios, acusando-os de colaboração com as forças do governo", disse o chefe do observatório, Rami Abdel Rahman, à agência de notícias Agence France-Presse.
A cidade que fica cerca de 300 quilômetros de outra fortaleza do grupo terrorista em Deir Ezzor, foi recapturada pelos militantes em um ataque inesperado no início deste mês. Durante o fim de semana, o governo sírio resgatou a cidade depois que mais de 200 extremistas se retiraram.
Corpos nas ruas
"Depois que o regime o retomou [no sábado], os moradores da cidade encontraram os corpos nas ruas. Eles foram mortos a tiros e executados com facas", disse Abdel Rahman.
"A maioria dos militantes que atacaram a cidade estavam no aguardo de novos comandos. Eles eram da cidade, conheciam os moradores e quem era contra o Estado Islâmico", disse ele. A maioria foi executada nos últimos dois dias, antes da cidade ter sido retomada novamente.
Apesar do sucesso em retomar Al Qaryatayn, o Estado Islâmico está em grande parte na região. Antes da guerra civil síria estourar em 2011, Al-Qaryatayn foi considerada um ponto alto para a convivência religiosa no país com várias centenas de cristãos entre os 30 mil habitantes. Mas muitas igrejas foram reduzidas a escombros durante a ocupação de oito meses do grupo extremista.
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