Um novo projeto de lei na Indonésia, que se refere a educação religiosa, vai exigir uma aprovação do governo para manter escolas dominicais ou classes de estudo bíblico, caso seja aprovado. Por este motivo, os cristãos do país estão se colocando contra o texto, relata o site de notícias UCAN.
O projeto de lei estabelece que essas aulas só poderão ser oferecidas se houver no mínimo 15 participantes. Mas, a ordem mais perigosa não é esta. Outra restrição descrita no texto oficial é que o organizador precisa ter a aprovação do Ministérios de Assuntos Religiosos.
O projeto regulamenta escolas e instituições religiosas, como igrejas, professores de religião e também o envolvimento do governo no financiamento e apoio disso. “A principal responsabilidade do estado é proteger e assegurar que toda religião possa propagar suas atividades e não regulá-las ou restringi-las”, segundo Vinsensius Darmin Mbula, da Comissão de Educação de uma organização religiosa indonésia.
Extensão da Igreja
Foi esclarecido por líderes da igreja que a escola dominical e os estudos bíblicos são atividades de educação informal, sendo uma extensão dos serviços da igreja.
Juventus Prima Yoris Kagoo, presidente de uma associação de estudantes cristãos enfatizou: “O governo deveria se limitar em regulamentar apenas escolas formais. Para atividades informais, como escolas dominicais, deixem que as igrejas apliquem seus próprios padrões”.
Mbula alertou ainda que há riscos do novo projeto, ao se tornar lei, ser usado por grupos religiosos extremistas como forma de perseguir cristãos.
Foi descoberto durante uma pesquisa recente do Centro de Pesquisas em Islamismo e Sociedade da Universidade Estadual Islâmica Syarif Hidayatullah (Ppim Uin), em Jacarta, que 57% dos professores muçulmanos de escolas estaduais e mostram intolerância para com pessoas de outras fés.
“O estudo alimenta a preocupação para um fenômeno que o governo deve combater de maneira séria e rápida”, explicou H. Moch Qasim Mathar, professor muçulmano da Universidade de Makassar (South Sulawesi) ao AsiaNews.
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