“Eu não conheço esse homem”

“Eu não conheço esse homem”

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:09

 

Tinha sido uma ceia maravilhosa, os discípulos estavam deslumbrados com a cerimônia do lava-pés, então eles foram convidados a irem orar no horto do Getsêmani. Eles começaram a cantar um hino e a caminhar com Cristo para o monte das Oliveiras, era algo que eles faziam sempre. Era um momento especial, espiritual, alegre e foi nesse momento de alegria e comunhão que Jesus lhes declarou: “– Esta noite todos vocês vão fugir e me abandonar” (Mc 14:27 – NTLH). Fugir? Abandonar? O que o mestre estava dizendo? Foi o que Pedro pensou, isso não faz sentido, logo então ele fala rompendo o silêncio provocado pela declaração do mestre: “Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem! Eu nunca vou dizer que não o conheço, mesmo que eu tenha de morrer com o senhor!” (Mc. 14:29 e 31- NTLH).
 
Quantos de nós já não fizemos declarações como a que Pedro fez no dia da negação? Quantas vezes, depois de retiros espirituais, simpósios, encontro de jovens, não declaramos que mudaríamos, que nos empenharíamos mais no evangelismo, que nada nos faria parar de fazer a obra do Senhor? Quantos não prometeram viver uma vida com mais santificação? Quantos não prometeram para o cônjuge e para os filhos mudanças de atitudes? Quantos de nós? Mas,  de repente, o retiro espiritual passa, o simpósio passa, a vigília passa e somos levados para o pátio da casa de Caifás. Ali, temos de pôr em prática as nossas promessas, é ali a hora de nos empenharmos, de santificar a vida, de mostrar para o cônjuge e para os filhos as mudanças, e é ali que muitos de nós agimos como Pedro, quando indagado por alguém se ele era um dos discípulos do Galileu: “Eu não conheço esse homem”.
 
O pátio da casa de Caifás é diferente para todos nós, para alguns é o local de trabalho onde propostas fraudulentas e de ganho fácil nos são oferecidas. Para outros, é o homem ou a mulher atraente que se ofereceu para ajudar em algo mas, na verdade, suas intenções são outras. O que importa nesses momentos é a resposta que daremos à pergunta que nos é feita no pátio da casa de Caifás: você é um dos discípulos do Galileu?
 
A resposta de Pedro foi dizer que não conhecia Jesus, o médico Lucas relata que, nesse momento, Jesus e Pedro se olham: “E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.” (Lc 22:61). O olhar amável e meigo do Mestre Jesus está direcionado a você e a mim, ele espera a nossa resposta, resposta de verdadeiros adoradores, não apenas de palavras apenas mas de atitudes, atitudes de coragem, de fé e de amor por aquele que tanto nos amou.
 
Sim, sou um dos discípulos do Galileu, e eu o conheço.
 
 
por Dsa. Lurdes Costa
 

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