Evangélico, ginasta brasileiro faz sucesso e estuda teologia

Evangélico, ginasta brasileiro faz sucesso e estuda teologia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Ele já quebrou os dois calcanhares e os dois tornozelos. A queda na final da ginástica de trampolim, a 4,5m de altura, não foi das piores. Carlos Ramirez já despencou de até 7m. Nunca desistiu. Mas as seguidas lesões o fizeram buscar força na religião. Há três anos ele estuda teologia. Bonito e forte, chama atenção por onde passa. E surpreende ao contar sobre seus interesses fora da cama elástica. Após as eliminatórias no Pan de Guadalajara, explicava sobre seus estudos acadêmicos enquanto, a poucos metros dali, um grupo de meninas gritava “lindo, lindo!” e pedia uma foto.

- O trampolim é um esporte de muita precisão. Requer muita calma e tranquilidade. Às vezes nem isso é suficiente para ter uma boa performance. Qualquer erro milimétrico acaba a prova para você, e você não pode voltar para repetir. Ao longo da minha vida tive bastante dificuldade, me machucava muito e busquei ajuda em muitos lugares, em muitas religiões. Tentava buscar ajuda para melhorar o meu interior, mas nada me ajudou.

Ramirez bateu a perna e ficou em oitavo na classificatória. Na final, põs três triplos mortais na série. Arriscava ao máximo para buscar uma medalha. Terminou em quinto. Seu companheiro de equipe, Rafael Andrade, foi prata, em uma disputa em que cinco dos sete atletas sofreram quedas.

O carioca de Campo Grande era forte candidato a uma medalha. Mas a viu escapar pela segunda vez. Há quatro anos, quando ainda tinha 22, Ramirez se desequilibrou na final do Pan do Rio.

- Tinha ficado em segundo na preliminar. Na final, encostei na proteção.

Ramirez tem seis irmãos. Os pais são católicos. Ele é o único da família que se tornou evangélico, mas, apesar do estudo, não pretende ser pastor.

- Busco ter um conhecimento maior da palavra de Deus. Hoje em dia está surgindo um monte de religião por aí. A teologia não estuda só Deus. Você estuda um pouco de todas as religiões. É mais para ter uma base teológica e melhorar o psicológico, o tem me ajudado bastante. Se eu sair como bacharel, posso pastorear. Mas não é meu objeto. É só para ter o conhecimento da palavra.    

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