Após polêmica com temas sobre sexualidade, Câmara realiza votação sobre estatuto da Juventude. O Plenário da Câmara dos Deputados realizou uma sessão extraordinária para votar o Estatuto da Juventude (PL 4529/10). A Frente Parlamentar Evangélica conseguiu mais tempo para analisar a proposta, devido a tópicos que tratam do direito à igualdade na orientação sexual, à inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares e também a previsão de respeito e reconhecimento à orientação sexual de cada um. Segundo a Agência Câmara de Notícias, integrantes da frente se reuniram na noite de ontem para analisar o estatuto e tratar estratégias para a votação desta quarta.
Os dispositivos relacionados à sexualidade foram os maiores pontos de discórdia levantados pelos parlamentares integrantes da frente evangélica. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) chegou a negociar a retirada da palavra reconhecer do texto do projeto, no tópico sobre o reconhecimento da orientação sexual de cada um.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), falou à Agência Câmara de Notícias: não pode ocorrer a inclusão na pauta de matérias dessa importância sem que ninguém tenha conhecimento.
Esqueçam os currículos, deixem a educação sexual para os pais, disse o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) sobre a previsão de conteúdos sexuais na escola. Ele também disse que a proposta vai incluir casais homossexuais dentro da normalidade para transformar jovens em homossexuais.
Já o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), integrante da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, disse que os parlamentares evangélicos travam uma perseguição deliberada contra os direitos homossexuais. Ele considerou lamentável que a bancada recorra mais uma vez a esse expediente para adiar a votação de um projeto importante para a juventude brasileira.
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