A Aliança Evangélica Nicaragüense (AENIC), que representa um grande setor das igrejas pentecostais do país, convocou uma jornada de oração na Praça da Bíblia pelo fim da violência e da instabilidade política, econômica e social do país.
O presidente da Aliança, pastor Mauricio Fonseca, disse que pentecostais são "amantes da paz" e chamou as igrejas presentes a manterem um clamor de oração para que se acalmem as tempestades políticas e volte a calma e estabilidade da nação.
Diante da crise que na semana passada provocou destruição em ruas da capital, a Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) chamou o governo, partidos políticos e sociedade para um diálogo "transparente e confiável".
O bispo de Manágua, Leopoldo Brenes, rechaçou o entendimento de que os grupos causadores dos distúrbios tivessem assim agido para pressionar deputados da oposição a não comparecerem ao Legislativo e que sejam uma expressão do sentimento dos nicaragüenses.
O sandinista Gustavo Porras e servidores públicos afirmaram que os grupos de protesto são a justa ira do povo, na contramão dos representantes da direita que promovem planos de desestabilização política no país.
O vice-presidente da República, Jaime Morales Carazo, que foi atacado a pedradas quando estava em sua caminhonete, argumentou que os manifestantes não são o povo, senão ligas armadas que têm sua própria organização.
Em mensagem, os bispos advertiram que seria inaceitável tentar resolver a crise conspirando nas costas do povo e através de pactos de cúpulas que procuram só seus próprios interesses ou com meios violentos que tentam intimidar e forçar acordos.
Brenes comentou que "ainda não chegamos a uma situação de guerra, mas se seguirmos no mesmo ambiente, isso será perigoso; por isso, como pastores, convidamos a um diálogo", exortou.
O bispo Bosco Vivas alertou sobre as pressões que o presidente Daniel Ortega vem exercendo sobre político visando a sua reeleição. O prelado disse que Ortega deve obediência à Constituição do país e escutar se realmente o povo quer isso.
Postado por: Felipe Pinheiro
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