Evangélicos se organizam para participar de eleições

Evangélicos se organizam para participar de eleições

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:25

A organização de igrejas evangélicas em torno do processo eleitoral é visível a cada novo pleito. Durante cultos de algumas denominações os pastores conversam com os membros sobre o cenário político e a importância da maior participação do cidadão no acompanhamento de ações e decisões da política, que tem efeito direto no cotidiano da comunidade.

Nesse sentido, a cada eleição mais representantes de igrejas vêm conseguindo se eleger e o apoio das entidades tem sido disputado por partidos, coligações e grupos políticos, em todo o Brasil. Em Roraima, dois vereadores e pastores de igrejas evangélicas Rosival Freitas (PSC) e Manoel Neves (PRB) foram eleitos em 2008. A deputada Socorro Simões (PRB) membro da Igreja Universal do Reino de Deus - depois da cassação de um deputado estadual, também tomou posse. Nas eleições de 2002, o pastor Frankembergen Galvão foi eleito deputado federal.

A Igreja Assembleia de Deus, segundo o pastor Frankembergen, possui um projeto chamado AD Brasil, que foi instituído a nível nacional pela convenção geral das Assembleias de Deus em 2001. ''O projeto tem o propósito de apoiar candidatos a deputado estadual e federal em todo o país'', comentou ele, que faz parte da coordenação política do projeto em Roraima.

Conforme o pastor, a ideia é orientar os membros da igreja do apoio preferencial a evangélicos. ''Esclarecemos que o ideal é apoiar quem tem o mesmo pensamento e ideias. E, em troca, esses pré-candidatos têm o compromisso de não apoiar nenhum tipo de projeto que venha a ferir a ética, os bons costumes e leis que contrariam aquilo que entendemos como uma sã doutrina'', argumentou.

O fato, de acordo com Frankembergen Galvão, não faz do púlpito da igreja um palanque eleitoral. ''É apenas uma conscientização dos evangélicos quanto à questão de ter um representante com os mesmos ideais, orientar o que é verdadeiramente a política. Embora atualmente haja uma distorção do que é feito. A política é bonita, se for feita em sua essência'', ponderou.

Manoel Neves explicou que na Igreja Universal o tema é tratado com o mesmo cuidado que nas demais igrejas. ''Fazemos conscientização, especialmente dos jovens. Até porque antes os irmãos tinham uma imagem ruim da política, mas explicamos que a política é o ato de fazer o bem para o próximo, que é de Deus. Todos os homens da Bíblia foram políticos, inclusive o senhor Jesus, que foi um líder'', comentou.

Os resultados, segundo ele, são perceptíveis, e os membros da igreja têm aprovado a participação no processo. ''Antes as pessoas não aceitavam essa participação, por que achavam que os pastores iriam se corromper, mas, com o decorrer do tempo e a demonstração de trabalho, esse quadro se alterou. Damos ênfase em uma forma de fazer política diferente'', concluiu.

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