Eyshila ajudou marido a se livrar das drogas: "Eu tinha uma promessa e acreditei nela"

Eyshila conta que ao invés de gritar e brigar com seu esposo, ela passou a amar e orar por ele.

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: quarta-feira, 1 de agosto de 2018 às 20:28

A cantora Eyshila participou da série de entrevistas “Promessas no G1”. Além de cantar várias de suas composições, ela testemunhou como venceu diversos momentos difíceis de sua vida. Um desses momentos foi a libertação de seu esposo. Ainda na época do namoro, a cantora descobriu que seu futuro marido estava envolvido com drogas, mesmo sendo filho de pastor.

Eyshila conta que resolveu lutar pela vida do namorado e que essa luta se estendeu até depois do casamento. “Com 23 anos eu casei e neste ano eu faço 23 anos de casada. Metade da vida eu passei com este homem. O nosso casamento sobreviveu às tempestades. Quando eu o conheci, ele era o filho do pastor mais lindo que tinha. Eu tinha 17 anos e me apaixonei por alguém da igreja”, iniciou.

“No decorrer do namoro eu descobri que ele tinha um problema básico, ele era viciado em cocaína e maconha. Isso já é difícil para quem não é evangélico e para quem é então... na nossa realidade isso é algo inadmissível”, ressaltou a cantora.

Eyshila conta que ele estava envolvido nas drogas há muito tempo e soube por meio da cunhada. “Eu não tinha noção do que era uma pessoa viciada até que depois de um ano de namoro eu descobri porque que ele desaparecia por três dias, aquelas coisas que dependentes químicos fazem. Eu descobri pela irmã dele que ele estava enfiado nas drogas há anos, não era algo recente”, afirmou.

O início da luta

A cantora disse que por estar muito apaixonada, resolveu encarar o desafio e lutar pela vida de seu namorado. “Eu tentei, mas era muito inexperiente, muito nova. Então era muito mais briga que oração. Na época, entre idas e vindas a gente ficava terminando e voltando. Eu tinha medo e disse: ‘Não quero isso para minha vida’. Mas também não consegui encontrar outra pessoa que eu amasse como ele. Então eu resolvi com a permissão dos meus pais encarar isso”, contou.

Eyshila e Odilon Santos se casaram quando ele estava em um estado melhor. “No tempo que ele estava bem e que melhorou, porque os dependentes químicos têm esses altos e baixos, a gente se casou. Só que prestes a casar, ele teve outra recaída. Mas eu falei: ‘Pera aí, eu não sou palhaça, nossas famílias não merecem passar por isso de novo. A gente vai casar e agora eu vou encarar isso de forma pesada’”, salientou a cantora.

O primeiro ano de casamento foi bem complicado, segundo Eyshila. Ela diz que Odilon chegou a dizer: “Volta para a casa dos seus pais. Você é muito linda, eu te amo, mas eu nunca vou largar as drogas”. Eyshila lembrou de algo em seu coração. “Eu tinha uma promessa e a gente acredita nas promessas de Deus. Eu acreditei que eu ia se casar com alguém que se tornaria um pastor, eu tinha esse sonho e acreditei”, disse.

“Então eu falei o seguinte: ‘eu não vou mais brigar com você por causa disso. Acabaram os gritos, acabaram as brigas nesta casa agora. Eu só vou orar e vou te amar, porque mesmo que um dia eu receba a notícia de que você morreu, pelo menos eu curti com você, com meu amor. Vamos esquecer que você é um viciado, eu vou só te amar e eu sei que se o meu amor não te curar, não vai ser o meu ódio’”.

Ela continuou: “E a partir de agora, você não vai ouvir mais os meus gritos, você só vai ser recebido com beijos e abraços”. Eyshila conta que foi essa forma que ela entendeu que deveria lidar com o esposo. “Eu não estou falando que é para todo mundo fazer igual, mas foi o que eu fiz e deu certo. Ele começou a ficar com saudade de casa e começou a voltar com mais frequência”, disse.

“No dia que eu gravei o meu segundo disco, que foi o primeiro da gravadora onde eu estava (MK Music) eu estava nesse turbilhão de coisas para gravar um disco e quando eu coloquei a voz na música eu fiquei muito triste, porque a música dizia assim ‘eu não aguento mais viver assim, me tira desse vale’. Mas eu estava no vale e eu dizia: ‘vou ministrar isso nas pessoas, mas estou vivendo isso’. A gente que ministra muitas vezes está lutando com isso em casa”, destacou.

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