A vida se sustenta no sacrifício. Tudo o que há encontra no sacrifício de Jesus sua razão final. O amor é um ato sacrificial. Sacrifício é entrega voluntária do que se é, tem, sabe e pode, por alguém que não necessariamente merece. Às vezes sim, ou pelo menos inspira amor fraternal e romântico. Nem sempre.
Nossa geração elegeu o conforto e o prazer como metas pessoais, que se não alcançados fazem do indivíduo o ser fracassado e sem sentido. O sentido é o prazer.
Por isso, viajamos mais que os navegadores europeus da idade média, comemos mais que os nobres dos séculos passados, extraímos mais prazer do nosso corpo que um sultão em seu harém, dominamos mais tecnologia estética, cosmética e médica que as teorias futuristas dos pós-guerra jamais seriam capazes de prever e mesmo assim, somos tão vazios, infelizes, doentes de alma, sem ideais e patéticos.
A razão principal é a falta do amor-sacrifício, que segundo o Apóstolo Paulo, Camões e Renato Russo, sem o qual, eu posso realizar feitos extraordinários que nada valerão, serão como sinos que fazem barulho, mas não são melodias musicais.
O maior paradoxo da existência é que somente é feliz quem se sacrifica em amor pelo outro.
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