Família usa fé para superar morte de comerciante

Família usa fé para superar morte de comerciante

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:01

Depois da morte brutal do comerciante Teodomiro Ferreira de Alcântara, 63 anos, durante assalto a seu mercadinho na semana passada, a família tenta superar a perda repentina através da fé e da união.

Os três filhos se revezam e se ajudam para manter o estabelecimento onde o pai foi morto quinta-feira e prestar apoio à mãe, 61 anos. "Esse mercadinho era a vida do meu pai. A gente está realmente vestindo a camisa", afirmou Douglas Badore Alcântara, 36 - filho mais velho do comerciante - apontando para a camiseta com o logotipo do mercadinho.

Conhecida apenas como Miro, a vítima mantinha o estabelecimento há mais de 30 anos na Vila Pinheirinho, em Santo André. Bebidas alcoólicas e cigarros não tinham lugar nas prateleiras, por conta da religião do comerciante. "Meu pai brincava, dizendo: ‘O que eu não quero para mim, não quero para os outros''", lembrou-se Igor, 30.

Evangélica, a família se ajuda a superar o momento trágico. "A gente sabe que ele está em um lugar bem melhor que aqui, porque foi isso que ele nos ensinou", disse Douglas.

A prisão do acusado de matar Miro durante o roubo trouxe alívio, mas não conforta seus parentes. "A prisão dele não trás meu pai de volta, mas a divulgação disso pode evitar que situação como a que estamos passando agora não volte a acontecer", disse o filho mais velho da vítima.

O CASO

Por volta das 16h do dia 6, dois criminosos chegaram em uma moto e um deles, armado, invadiu o mercadinho localizado na esquina das ruas Guarau e Higienópolis.

O comerciante foi obrigado a deitar no chão, assim como um dos funcionários. Porém, durante a ação, o assaltante disparou contra a cabeça de Miro, que chegou a ser socorrido, mas não suportou o ferimento.

A dupla fugiu levando R$ 200, mas o suspeito de atirar contra o comerciante foi preso no dia seguinte, em casa, na favela Bom Pastor. Richard Santana Raposo, 22, confessou o crime e alegou que a arma disparou acidentalmente. "De qualquer forma ele vai responder por latrocínio (roubo seguido de morte)", assegurou o delegado do 1º DP (Distrito Policial) de Santo André, Lupercio Antonio Dimov.  

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