Formas de uso da maconha foram discutidas em audiência Pública

Marisa Lobo participa de audiência pública sobre a maconha

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:13

A Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, discutiu, nesta quinta-feira (25), os supostos benefícios e malefícios do uso da maconha (cannabis sativa) para fins medicinais no Brasil. A audiência pública contou com a presença do deputado federal Fernando Francischini, do PSDB do Paraná; do professor do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher Lopes; do escritor e pesquisador Gideon dos Lakotas; e da psicóloga clínica evangélica, especialista em saúde mental, Marisa Lobo.

Delegado licenciado da Polícia Federal, Fernando Francischini contou um pouco de sua experiência nas prisões dos grandes traficantes Juan Carlos Ramírez Abadia e Fernandinho Beira-Mar, e de seu trabalho como secretário antidrogas em Curitiba. O deputado paranaense comentou que, na discussão acerca da maconha, a família deve ser levada em consideração. “O principal cuidado que se deve ter com relação à liberação da maconha para fins medicinais é o de não facilitar o uso recreativo da maconha, porque um pai e uma mãe não merecem ver seus filhos expostos a qualquer droga que seja”, disse o deputado.

Para Francischini, a legalização da droga para uso recreativo é a razão de alguns discursos defensores da maconha para uso medicinal. “Será que nós vamos ter marcha pelo Brasil inteiro pedindo para liberar o comprimido do Marinol, ou a marcha vai continuar sendo pela legalização do uso da droga?”, indagou o deputado se referindo ao medicamento Marinol,uma forma sintética do componente tetrahidrocanabinol (THC), o mais ativo da maconha, usado oralmente e em forma de cápsula, em alguns países para o tratamento do glaucoma.

O Parlamentar ressalta que a pesquisa científica para o uso medicinal da maconha precisa avançar e que a discussão em torno do tema precisa ser aprofundada. “Mas que fique claro: em minha opinião o uso medicinal deve ser discutido, mas o uso recreativo está fora de questão. Nós deveríamos discutir a proibição das drogas, não a liberação. Mas não vai dar para discutir o uso medicinal da cannabis enquanto a marcha pela legalização do uso recreativo da droga for a motivação”, disse ele. Fernando Francischini já enviou ao Congresso proposta de realização de plebiscito sobre a maconha.

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