Garota desaparece a caminho da igreja, no Pará

Garota desaparece a caminho da igreja, no Pará

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Uma adolescente de Belém do Pará, de 14 anos está desaparecida desde a véspera do último Natal, para desespero de sua mãe, Rita de Jesus Pereira Chagas, que pede ajuda saber o que aconteceu com Maísa Chagas Cruz, sua filha. A jovem saiu de casa no dia 24 de dezembro, para ir à confraternização da uma igreja evangélica, com um grupo de amigos. Após o evento, ela foi levada em um carro desconhecido e nunca mais foi vista. Uma testemunha, que acompanhava a jovem, contou que um vizinho da família, Carlos André Vilhena, de 25 anos, o mesmo que as levou para a festa e as acompanhou durante a confraternização, voltaria com elas para casa, no bairro da Pratinha II, quando um carro preto e peliculado parou e Carlos André puxou Maísa para dentro do veículo. Segundo a mãe de Carlos André, ele mantinha um relacionamento com ela, que estaria grávida e, por isso, fugiu da família.

Rita de Jesus Pereira Chagas, mãe de Maísa, contou que Carlos André ganhou em pouco tempo a confiança dos vizinhos, vestindo-se sempre como evangélico e com uma Bíblia debaixo do braço. Ele morava próximo à casa de Rita e era amigo da família, por isso, a mãe confiou que ele levasse a filha à confraternização da igreja, localizada na Rodovia Arthur Bernardes. Segundo a amiga de Maísa, Carlos André parecia muito apressado ao final do evento e logo quis ir embora, levando consigo as duas meninas. A testemunha contou que ele parou em um telefone público e só dizia ''Tá na mão'', repetidas vezes. De repente, um carro preto parou e a menina só conseguiu ver que havia uma mulher loira dentro dele.

Carlos André puxou Maísa pela mão e a colocou dentro do carro, que saiu em disparada. A amiga disse que tudo aconteceu tão rápido que ela não coonseguiu anotar a placa e nem percebeu o modelo do carro. Rita foi à casa da mãe de Carlos André, Maria, pedir explicações. Muito nervosa e ameaçando contar o ocorrido à polícia, Rita conseguiu apenas que Maria fizesse um telefonema para Carlos André e falou, então, com a menina, que, segundo sua mãe, parecia muito triste e apenas perguntou pelo pai. Dias depois, Rita conseguiu novo contato com a filha, que parecia estar mais firme em sua decisão, afirmando que não queria mais voltar para casa e que estava apaixonada por Carlos.

''Para mim ela estava sendo induzida a falar isso, pois tenho certeza de que ouvi a voz dele no fundo, pedindo pra ela dizer que eles estavam na cidade de Acará'', disse Rita. Maria contou à mãe da menina que ela estaria grávida de Carlos, mas Rita afirma que a menina esteve menstruada poucos dias antes de seu desaparecimento.

Desde então, os pais da menina passaram a investigar o paradeiro de Maísa. Souberam que ela foi vista no bairro do Jurunas, quando a polícia fez uma busca na nova casa da mãe de Carlos e vizinhos o viram puxar a menina pelo pescoço, para pular o muro dos fundos da casa e fugir. A polícia não conseguiu alcançá-los e, desde então, eles não foram mais vistos.

Conversando com vizinhos e parentes de Carlos André, Rita descobriu que ele ''é todo tatuado e é considerado perigoso, pois matou o padastro quando este tentou impedi-lo de roubar um objeto que seria trocado por drogas'', disse Rita, que acrescenta que a mãe de Carlos André o escondeu em sua casa até o caso ser abafado. Parentes dele também dissera a Rita que a mãe costuma encobrir todos os crimes cometidos pelo filho, que é viciado em cocaína e jurado de morte por traficantes.

No Jurunas, Rita conheceu uma família na qual uma adolescente também foi sequestrada por Carlos e foi obrigada a se prostituir. A menina só voltou depois de dois anos, muito debilitada. ''Hoje ela está casada e o marido não permite que ela nos leve ao lugar onde ela era obrigada a se prostituir'', disse Rita, se referindo a um local em Icoaraci, onde a menina viveu enquanto Carlos a mantinha refém.

Rita de Jesus desconfia dos motivos do desaparecimento porque Maísa costumava ser uma menina muito familiar e caseira. ''Quero minha filha, quero saber dela, como ela está , o que tá acontecendo com ela. Nem quero saber dele, só quero saber da minha filha. Minha única filha mulher'', pede Rita.

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