Escolas Bíblicas dominicais poderão realmente ser inspecionados pelo 'Ofsted' (Escritório de Padrões Educacionais) "se houver preocupações" com a forma como o ensino está sendo executado. A informação foi confirmada pelo chefe do órgão do.
Michael Wilshaw, o inspetor-chefe do órgão educacional respondeu a perguntas pertinentes na última quinta-feira (14), durante um telefonema para a rádio sobre as propostas do governo para permitir que inspetores do Escritório possam fiscalizar as classes de escolas bíblicas dominicais nas igrejas. A sugestão segue advertências de que um pequeno número de classes de ensino islâmico tenham sido envolvidos na radicalização de crianças.
No entanto, Wilshaw confirmou os temores de que escolas dominicais também poderiam enfrentar inspecções do 'Ofsted' sob as novas regras.
"Se as igrejas e grupos religiosos não quiserem ficar sem suas classes de ensino, então elas precisam se registrar para que o país e o Departamento de Educação saibam que eles estão sendo executados corretamente", disse Wilshaw em entrevista à rádio LBC ontem.
"Nós não vamos inspecionar cada uma delas, mas vamos saber que elas existem".
"Se houver preocupações e se delatores nos disseram que há um problema, então vamos entrar lá e inspecionar", disse ele, marcando uma traição direta da promessa do manifesto conservador para "rejeitar todas as sugestões de medidas radicais, autoritárias que ameaçariam nossas liberdades duramente conquistadas".
"O 'Ofsted' não é a polícia do pensamento", Wilshaw insistiu, e disse que a "grande maioria das escolas dominicais não seriam afetadas".
"Mas", ele disse à LBC, "nós precisamos de saber se uma escola dominical está funcionando corretamente; se é registrada e se está sendo administrada por pessoas que tenham sido colocadas através de métodos adequados. Se isso estiver sendo feito, então nós estaremos felizes".
"Nós só vamos entrar em alguma escola quando nós sentirmos que há uma necessidade de fazê-lo".
Os comentários foram feitos após um número de parlamentares conservadores alegarem que os regulamentos "poderiam ter um efeito muito prejudicial sobre a liberdade de organizações religiosas". Em uma carta ao Telegraph, levantaram temores de que escolas dominicais e grupos de jovens de igrejes poderiam enfrentar sanções da 'Ofsted', se ensinassem, por exemplo, que o casamento precisar ser celebrado entre um homem e uma mulher.
"Esta seria uma possibilidade intolerável, mas muito real", a carta dizia: "dado o claro desejo do Departamento de Educação para investigar o que chama de 'atividades proibitivos', tais como o 'indesejável ensino' e isso que prejudica ou é incompatível com os valores britânicos fundamentais".
"Isso poderia desafiar a doutrina cristã estabelecida".
Wilshaw citou exemplos de certas "configurações não registradas" no 'Ofsted', que tinha visto onde um "número significativo" de jovens estavam "sendo educados, vivendo em condições terríveis, em um ambiente sujo, onde havia 'literatura homofóbica', literatura 'anti-semita' e literatura 'misógina' e onde as equipe não foram aprovadas".
"As crianças estão em risco", disse ele.
Quando questionado sobre o fato destas 'madrassas' (centro de ensino islâmico) não serem escolas dominicais (cristãs), Wilshaw retrucou: "nós temos que lidar com isso de uma forma prática".
Os comentários de Wilshaw poderiam ser vistos como um embaraço para o governo, enquanto eles contradizem diretamente os protestos de um ministro da Educação que na Câmara dos Lordes ontem.
"Nós não propomos a regulação de instituições como escolas dominicais e configurações residenciais que ensinam crianças para um curto período a cada semana".
O Departamento de Educação foi contactado pelo Christian Today, mas não fez qualquer comentário sobre o assunto.
Dr David Landrum, diretor de advocacia na Aliança Evangélica, disse que as propostas ascenderam à "regulação estatal da religião privada" e Nola Leach, CEO da política pública da missão 'CARE' - que fez campanha contra as propostas - classificou os comentários de Wilshaw como "reveladores" .
"Esta é uma grande violação da liberdade religiosa e da realidade alarmante de um inspector do 'Ofsted', sendo enviado a qualquer escola dominical para questionar professores e crianças. Isto é intrusivo e totalmente desnecessário", disse Nola ao Christian Today.
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