Eu sonho com uma contribuição evangélica na política diferente da que temos hoje. Sonhar, pra mim, não é pretensão nem inocência. É privilégio. É a visão indo além do que se vê. Tem, sim, a ver com fé.
Também percebeu isso o pastor Martin Luther King (nota: eu apenas o estou citando – nem que quisesse poderia me comparar com a sombra de sua figura). Mas o fato é que ele via adiante. Olhava além e dizia: “eu tenho um sonho”.
Gostaria que ficássemos mais conhecidos pelos princípios de que somos a favor do que por aquilo a que somos contra. Que nossa participação excedesse os discursos e bravatas e se tornasse a materialização verdadeira da fome e da sede por justiça. E por paz. E por igualdade. E por tantas outras coisas...
Sonho com o dia em que nossa firmeza contra rebaixamentos morais também seja comprovada em nossa conduta, com nossa ficha limpa. Sonho com o dia em que sejamos, como o sal, limite para a maldade. E, talvez ainda mais, com um tempo em que sejamos luz. E levantemos nosso candeeiro com coragem para mudar as trevas em que tantos brasileiros estão confinados.
Que ocupemos lugar nos conselhos de ética e nas CPIs das casas legislativas Brasil afora levantando nossa voz profeticamente, denunciando morte na panela e mostrando, com nossos testemunho de vida e frutos, uma alternativa a tantos modelos falidos.
Que nossas marchas sejam pela viúva, pelo pobre, pelo idoso, pela criança, pelos "invisíveis". Que não sejam marchas de quantidade. Que sejamos muitos, sim. Mas que nossa boa influência seja ainda maior.
Tenho sonhado com essas coisas. Porque, sinceramente, jamais me perdoaria por me omitir. Quero ser parte da solução. Sou pequeno como uma gota no oceano. Ou, prefiro, como um grão de mostarda. Mas sonho com o dia que possamos remover de nossos caminhos as montanhas da alienação, do trabalho escravo, da exploração sexual, da violência, das drogas, da corrupção... Mais do que sonhar é preciso realizar, eu sei. Mas acredito num Deus que fala através de sonhos.
Por Carlos Bezerra Jr. pastor, médico e discípulo de Jesus disfarçado de deputado. Autor de lei apontada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como referência mundial no combate ao trabalho escravo. Criador do Programa Mãe Paulistana. Único parlamentar evangélico apontado como o melhor político de São Paulo pela ONG Voto Consciente – que fiscaliza a função pública. Casado com Patrícia Bezerra, pai da Giovanna e da Giulianna.
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