O pastor Richard Carlos cuida de vidas em sua igreja. Mas, um dia ele precisou dos cuidados de um pastor. É que desde muito novo ele se envolveu com o mundo das drogas e logo mergulhou fundo nesse universo pecaminoso. Em entrevista para o programa Noite e CIA, ele contou mais detalhes sobre como se deu sua conversão e como foi libertado de seus vícios.
“Eu iniciei dos 13 para os 14 anos um envolvimento nas drogas e no ocultismo, procurando preencher um vazio que nem eu mesmo sabia o motivo dele. Venho de uma família muito humilde, muito simples, com muitas dificuldades. Toda a família era envolvida com o ocultismo, procurando preencher o vazio, procurando uma religião, porque muitas das vezes procuramos a religião primeiro, ao invés de procurar a Cristo”, disse ele.
“Meus irmãos mais velhos se envolveram no tráfico de drogas muito cedo. Por ser mais novo, queria ser como eles. bebi minha primeira cerveja, fumei a primeira pedra de crack. Quando me deparei, eu estava com meus 15 anos e já era dono de várias favelas em Belo Horizonte. Aos 18 anos, comandava 18 favelas e tinha cinco crimes para responder à justiça. Homicídio, tentativa de homicídio, contravenções penais, porte ilegal de arma, tráfico de drogas. tudo como criança ainda. Ainda adolescente, jovem, mas a vida do crime nos leva a momentos, a reflexões que a gente reflete achando que está fazendo o correto, o bem”, ressaltou.
“O crime começa aos poucos e quando você se assusta, você se acha emaranhado e para sair eu tentei várias vezes. Lembro que a primeira vez que eu fumei o primeiro cigarro de maconha eu estava com 13 para 14 anos e foi em uma festa de amigos adolescentes. Achei normal e dali fui conhecendo outras drogas. Eu havia me tornado mais agressivo por causa do dinheiro e também fui me envolvendo com o ocultismo, procurando preencher o vazio da religiosidade”, pontuou.
Eu saí de BH foragido da polícia no início de 1998 e fiquei escondido em um cidade pequena. Lá os policiais me viram armado e acabei indo preso. Fui levado para a cadeia de Sete Lagoas e fui jogado em uma cela. Eu estava com 21 anos, olhei a minha volta e disse: ‘Meu deus, onde eu vim parar. Que situação eu estou’. Mas, dentro de mim eu queria preencher algo que o ocultismo não me dava, a droga não me dava, a prostituição não me dava, o dinheiro não me dava”, colocou.
“Lá eu comecei a refletir: ‘Meu deus, já são vários anos batendo tambores, vários crimes, que situação é essa?’ E naquela madrugada eu pensei em me suicidar e acabar com a minha vida, porque meus filhos vão me ver crescer aqui dentro. De repente os presos falaram que eu não ia fazer aquilo. Eu virei pra eles que ia fazer uma reza, eles iam dormir e eu me suicidaria. Eu fiz isso, porque era uma prática que tínhamos no ocultismo. Quando eu acabei de fazer, eu mesmo desmaiei por 40 minutos. Quando eu acordei, olhei em minha volta e falei: ‘Jesus dos crentes, se tu és Jesus de verdade, me tira daqui?’”, disse.
“Meu irmão hoje é pastor, depois minha mãe se converteu, depois duas irmãs minha e foram se convertendo. Quando saí daquele lugar, no dia seguinte recebi a visita do pastor da igreja e ele falou comigo as mesmas palavras que eu disse lá dentro. Naquela noite eu não aguentei mais, estava vendo que o vazio que eu tinha a droga não preenchia, o ocultismo não preenchia, a bebida não preenchia, somente Jesus Cristo poderia preencher. Naquela noite entreguei minha vida Jesus e já se passaram 19 anos que o meu corpo não se prostitui, que meus lábios não veem uma gota de bebida alcoólica”, salientou.
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