Hospital Adventista realiza cirurgia inédita no Mato Grosso do Sul

Hospital Adventista realiza cirurgia inédita no Mato Grosso do Sul

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

Neste mês, a equipe de cirurgia de coluna vertebral do Hospital Adventista do Pênfigo realizou a primeira cirurgia no Mato Grosso do Sul com uso da Prótese Vertical Expansível de Titânio para Costela (VEPTR)  para tratamento de escoliose sem fusão. O tratamento cirúrgico permite estabilizar a coluna vertebral de pacientes portadores da deformidade na coluna, conhecida como escoliose, em pacientes em fase de crescimento permitindo que o paciente continue seu desenvolvimento natural.  

A equipe, formada pelos médicos Augustin Malzac, Márcio Cley F. Reis (diretor clínico do HAP) e Sérgio Cândido, realizou o procedimento em uma criança de três anos permitindo assim que a mesma continue o  seu crescimento. A cirurgia para correção e estabilização da escoliose já é realizada no estado há algum tempo, porém usando esta técnica é a primeira vez, conforme relatou um dos cirurgiões. A cirurgia realizada permitiu à paciente uma recuperação mais rápida do que o comumente visto, tanto que a paciente já recebeu alta hospitalar e está em casa.

A escoliose é uma deformidade complexa da coluna que pode ser tratada com órteses (coletes) ou cirurgia com fusão espinhal para evitar a progressão da deformidade. O tratamento conservador com órtese não é cirúrgico e mantém o movimento da coluna e sua mobilidade. Entretanto, não permite a correção das curvas e previne, modestamente, a sua progressão, sendo ainda menos efetivo nas deformidades neuromusculares e oferecendo riscos, inclusive, como lesões cutâneas em crianças com déficit de sensibilidade.

A cirurgia de correção de escoliose sem fusão pode oferecer vantagens que não são conseguidas nos tratamentos convencionais, com o objetivo de interromper a progressão da doença e permitindo o crescimento da coluna.

A fim de tratar pacientes com escoliose congênita em baixa idade e restrição do desenvolvimento do tórax em virtude da deformidade e de fusão de arcos costais foi desenvolvido o dispositivo Vertical Expandable Prosthetic Titanium Rib (VEPTR), na Pennsylvania, USA,  também conhecido como Prótese Vertical Expansível de Titânio. Tal implante permite a estabilização indireta de deformidades espinhais sem artrodese, isto é, sem que haja a parada do crescimento da coluna, com fixação nas costelas, lâminas e pelve, permitindo até mesmo alongamentos.

A cirurgia é indicada para pacientes com deformidade tipo escoliose superiores a 40º, imaturidade esquelética, mesmo que haja problemas respiratórios restritivos, uma vez que a mesma facilita esta recuperação.

[Equipe ASN, Rodrigo Dias Dorval]

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