Idolatria nas manhãs de Domingo

Idolatria nas manhãs de Domingo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:51

“Asssim estas nações temiam ao SENHOR e serviam as suas imagens de escultura” (2 Reis 17.41a)

Qual é nossa maior barreira para adorar a Deus? Apresentaríamos uma variedade de respostas potenciais.

“Nosso líder de adoração não é muito experiente”.

“Os cultos são muito planejados/espontâneos”.

“As músicas são muito complexas/simples”.

“A banda/orquestra/tecladista/guitarrista é ruim”.

“São muitas músicas novas/velhas”.

“Nossa igreja é muito grande/pequena”.

Ignorando por um momento que todas essas afirmações se referem ao contexto de reunião, elas revelam um profundo mal entendimento sobre as barreiras do verdadeiro louvor. Ao contrário do que alguns talvez pensem, nosso maior problema não se encontra fora de nós, mas dentro de nossos próprios corações. É o problema da idolatria.

A passagem de 2 Reis descreve uma situação acontecida quando Samaria foi repovoada pelo rei da Assíria. É uma situação que pode existir potencialmente em nossos cultos hoje. Podemos temer ao Senhor externamente, participando de tudo o que percebemos serem os elementos corretos do culto – cantar, contribuir, orar, ajoelhar, escutar a Palavra de Deus, etc. – e estar ativamente servindo a falsos deuses em nossos corações. Deus deixa claro em Êxodo 20 que ele não tolerará qualquer competição pela lealdade e afeições de nossos corações. “Não terás outros deuses diante de mim”. Isso descreve a idolatria sucintamente.

Quando alguém menciona idolatria, podemos imaginar alguém em Nova Guiné ajoelhando-se diante de estátuas de madeira ou metal, e pensar “Graças a Deus, eu não luto com ISTO”. Ídolos, entretanto, são bem mais difundidos, traiçoeiros e enganadores. Idolatria é atribuir valor, autoridade ou domínio supremo a qualquer outra coisa que não seja Deus.

Ingenuamente, pensamos que os ídolos podem nos garantir o que somente Deus pode dar. Eles nos tentam diariamente. Não é surpreendente, portanto, que mesmo minha filha de dez anos, Mckenzie, lide com ídolos. Um de seus ídolos principais é “não tomar banho”. Também conhecido como os ídolos do controle e do prazer. Hoje, ela confessou a mim e minha esposa que, pelos últimos três dias, ela estava apenas fingindo tomar banho. (Por alguma razão, muitas crianças de dez anos consideram o banho tão atraente quando arranhar um quadro negro por dez minutos). Depois de lidar com uma confissão cheia de lágrimas, e descobrir sua disciplina (não brincar com os amigos por três dias), falamos sobre seu coração. Expliquei a ela que não tomar banho era um ídolo para ela. Ela pensava que continuar suja lhe traria felicidade. Porém, isso a levou a enganar aqueles a quem ela mais ama e desonrar o Deus que a criou para Sua glória. E, definitivamente não lhe deu a felicidade prometida. No final das contas, ídolos nunca dão.

Tentei dar um título chocante para esses posts, a fim de nos alertar para a diferença entre um Deus “professado” e um deus “funcional”. Isto é, o Deus em quem afirmamos que cremos, e o deus que realmente governa nossos desejos e ações.

Como já disse, a idolatria pode estar ativa em meu coração mesmo se estou adorando externamente a Deus. Essa é uma ideia séria. Toda vez que penso que não posso adorar a Deus a não ser que “X” esteja presente, estou fazendo uma profunda declaração. Se “X” é algo além de Jesus Cristo e do Espírito Santo, passei a caminhar em território idólatra. Idolatria é sempre má, mas os ídolos que perseguimos não são coisas necessariamente más. Eles são maus para nós porque os valorizamos acima de Deus.

Páginas poderiam ser escritas sobre cada um dos ídolos potenciais que irei cobrir. Muitos, se não todos, tocam em áreas que podem e devem ser usadas com discernimento para servir ao povo de Deus quando nos reunimos para cantar em Seu louvor. Alguns deles são mais importantes que outros. Mas todos eles devem exaltar a Deus, não substituí-lo.

Estilos musicais no culto congregacional provocaram certa agitação em anos recentes. Na verdade, eles têm causado agitação por séculos, e por uma boa razão. A música é uma poderosa mídia, que pode afetar-nos positivamente ou negativamente.

Entretanto, a raíz da divisão é frequentemente (embora, nem sempre) pessoas que insistem que sabem qual o tipo de música que Deus gosta. Não ajuda muito o fato de que os “proponentes da nova música” são frequentemente arrogantes, insensíveis, egoístas e impacientes. Entretanto, podemos fazer um ídolo tão facilmente daquilo que é antigo e familiar quanto podemos fazer do que é novo e criativo. A música deve ser escolhida sabiamente por sua capacidade de servir tanto às letras quanto à congregação, a fim de verdadeiramente honrarmos a Deus. Mas, pensar que precisamos de certo tipo de música para nos envolvermos verdadeiramente com Deus é, em sua raiz, uma idolatria.

Toda igreja, mesmo aquelas que se dizem não-tradicionais, têm tradições. Uma tradição é simplesmente alguma coisa que você fez mais de uma vez. As tradições podem servir aos propósitos de Deus na igreja? Certamente! Paulo encoraja os tessalonicenses: “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.” (2 Ts 2.15). Mas nossas tradições hoje são iguais à Escritura, em autoridade? Certamente não! Toda geração é responsável por examinar se as tradições herdadas (ou que tentam se estabelecer) são bíblicas ou não, e se verdadeiramente ajudam as pessoas a exultarem na majestade e obras de Deus. Os ídolos complementares da familiaridade e conforto frequentemente são revelados nas palavras: “nunca fizemos desse jeito antes”.

No caso dessa lista parecer que aborda só um lado, a NOVIDADE também pode ser um ídolo. Estamos convencidos de que alguma coisa nova, diferente, nunca vista antes, fará nosso culto congregacional mais efetivo. Ou poderoso. Ou atraente. Talvez seja a iluminação… ou uma nova disposição de palco… ou um videoclipe… ou velas… ou banners… ou “atividade artística interativa”. Criatividade nunca é nosso alvo na adoração a Deus. É simplesmente um meio para o fim de manifestar e ver a glória de Cristo mais claramente. Novas mídias ou formas de comunicação podem nos dar uma perspectiva diferente, levando a verdade a ter um impacto maior sobre nós. Mas, se sairmos de um culto público mais impressionados com nossa criatividade que com nosso Salvador, ou pensando que a Palavra de Cristo é notícia velha, Deus nos ajude.

Estou ciente de que o que escrevo pode ofender a alguns. Eu oro para que não seja o caso, embora o que percebamos como uma “ofensa” pode ser a convicção do Espírito. Pode muito bem apenas ser minha má comunicação. Porém, disso tenho certeza: Deus está comprometido em receber toda a glória, honra e louvor, todas as vezes em que nos reunimos como Seu povo, redimidos por meio do sacrifício expiatório de Seu Filho. Ele não terá rivais. “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is 42.8). Cada vez que nos reunimos para adorar ao Deus triuno, ELE deve ser o centro total de nossa atenção e nossas afeições. Sua grandeza e esplendor devem se tornar cada vez maiores em nossas mentes, corações e vontades. Seus desejos e mandamentos devem se tornar mais preciosos para nós. Jesus Cristo e Sua obra expiatória devem ser mais gloriosos e maravilhosos para nós.

A seguir, compartilharei mais ídolos que encontrei ao adorar nos cultos de domingo. Nesse meio tempo, oro para que você seja encorajado pelo amor precioso do Pai por nós.

Traduzido por Josaías Jr Via Iprodigo

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