Igreja Batista dos EUA volta a permitir que seus missionários orem em línguas

Para os Batistas do Sul, a prática, também conhecida como glossolalia, terminou após a morte dos apóstolos de Jesus. A proibição de falar em línguas se tornou uma forma de distinguir a denominação de outros.

Fonte: Guiame, com informações de Religion News ServiceAtualizado: sexta-feira, 15 de maio de 2015 às 20:03

 

Depois de uma década de resistência, a Convenção Batista do Sul, nos Estados Unidos, vai admitir missionários que oram em línguas, uma prática associada a igrejas pentecostais e carismáticas.

A nova política foi aprovada pelo Conselho Internacional de Missões da Igreja Batista nesta quarta-feira (13), revertendo uma política que é colocada em prática há 10 anos.

Permitir que os missionários batistas orem em línguas, ou fazer o que alguns líderes da Batista do Sul chamam de "linguagem de oração privada", mostra a crescente força das igrejas pentecostais na África, Ásia e América do Sul.

"Em muitas partes do mundo, essas experiências carismáticas são normativas", disse Bill Leonard, professor de história da igreja em Wake Forest Divinity School. "Os grupos religiosos que se opõem a eles ficam para trás evangelisticamente."

A mudança não significa que os batistas do sul enviarão apenas missionários que oram em línguas. 

"Seleção" de línguas

Em 2005, a Junta de Missões Mundiais criou diretrizes que desqualificavam todos os candidatos a missionários que oravam em línguas. Para os Batistas do Sul, a prática, também conhecida como glossolalia, terminou após a morte dos apóstolos de Jesus. A proibição de falar em línguas se tornou uma forma de distinguir a denominação de outros.

"Se alguém dissesse que orou em línguas, era automaticamente desclassificado, para ser honesto", disse Wade Burleson, um pastor que se opôs à proibição.

O Conselho de Missões disse ainda que não abrirá vagas para missionários que colocam "ênfase persistente em um dom específico do Espírito como normativa para todos ou para a extensão. Tal ênfase se torna perturbadora".

Outras mudanças de política nesta semana permitiria que missionários divorciados servissem em mais posições, incluindo missões de longo prazo.

O Conselho vai reconhecer batismos realizados por outras denominações cristãs, desde que elas envolvam imersão do corpo inteiro. Anteriormente, um ministro batista do sul deveria batizar candidatos a missionários que viessem de outra denominação.

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