Igreja Batista oferece almoço de Páscoa a catadores de material reciclável

Igreja Batista oferece almoço de Páscoa a catadores de material reciclável

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:46

Para quem nunca passou perto do lixão de Campo Grande se impressiona com as montanhas de materiais descartados que se formam no local. Para as pessoas que trabalham lá, o pastor da Igreja Batista Memorial ofereceu um almoço de Páscoa, neste sábado (23).

“Este almoço é uma forma de incentivo e reconhecimento para quem trabalha no local e retira o seu sustento”, diz a catadora de materiais recicláveis, Ângela Gomes, 42 anos, sobre a moqueca oferecida.

Segundo o pastor Walter Luiz de Oliveira Paes, 46 anos, a ideia começou após uma visita ao local. “Estava passando quando vi um caminhão despejar linguiças no lixo. As pessoas pegavam aquilo e levantavam como um troféu. Na hora, isso me deixou extremamente magoado e percebi que tinha que fazer algo”, lembra.

O pastor desenvolveu o Projeto Semear que oferece assistência social e também espiritual por meio do evangelho, aos trabalhadores. “Para mim, nós devemos agradecer esses trabalhadores, porque eles nos fazem um grande favor recolhendo esses materiais recicláveis e ajudando o nosso planeta”, diz o líder religioso.

Walter, que antes de se converter foi preso por tráfico de drogas, hoje realiza palestras e cultos dentro dos presídios de Campo Grande. Conta que tem um sonho de construir no local a sede da sua igreja, que atualmente fica na sua residência.

“Quero muito poder ajudar essas pessoas. A prefeitura cedeu a Águas de Guariroba alguns hequitares ao lodo lixão, porque ela não pode doar um pedaço para mim?”, se questiona pastor. Pretendo fazer um projeto e encaminhar as autoridades pedindo que se construa uma creche e um local onde eles possam se trocar e irem para suas casas limpos”, revela.

Deocide Ximenes, de 46 anos, que trabalha no local desde 2004, que o rendimento que tira ao por dia chega a R$ 100,00. “É um trabalho difícil, mas a prefeitura deveria achar uma forma para que nós trabalharmos de forma legal no lixão”, pede.  

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