"A igreja cresce em números, mas não impacta a sociedade", diz Hernandes Dias Lopes
Em entrevista exclusiva ao Guiame, o Rev. Hernandes Dias Lopes, líder da Igreja Presbiteriana de Vitória (ES), explica que o avivamento acontece em alguns pontos, mas no geral, ainda falta muita renúncia por parte da igreja para que ela viva a plenitude do agir do Espírito Santo.
Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quinta-feira, 13 de agosto de 2015 às 17:00
Hernandes Dias Lopes em entrevista exclusiva ao Guiame durante a 4º FLIC. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)
Ainda faltam alguns passos para a igreja evangélica brasileira alcançar o tão sonhado avivamento. O crescimento em larga escala do número de fiéis não reflete a qualidade do caráter cristão, e como consequência, não impacta a sociedade no geral.
Em entrevista exclusiva ao Guiame durante a 4º Feira Literária Internacional Cristã (FLIC), o Rev. Hernandes Dias Lopes, líder da Igreja Presbiteriana de Vitória (ES), explica que o avivamento acontece em alguns pontos, mas no geral, ainda falta muita renúncia por parte da igreja para que ela viva a plenitude do agir do Espírito Santo.
"Nós temos, localizadamente, algumas igrejas vivendo um despertamento espiritual, mas à luz da história eu penso que o Brasil não está vivendo o genuíno avivamento. Historicamente, o avivamento é uma ação sobrenatural do Espírito Santo, trazendo a igreja ao arrependimento, a um choro pelo pecado, à sede de santidade, a uma volta para as Escrituras, a uma vida abundante de oração, a transformação de vida, de caráter, de família, que resulta em crescimento numérico para a igreja e impacto missionário pelo mundo", explica o pastor.
Para Hernandes, grande parte do crescimento evangélico brasileiro tem sido sem qualidade. "A igreja cresce em números, mas não impacta a sociedade. Muitas vezes, a igreja está sendo mais conhecidas por seus escândalos do que pela sua piedade. Eu penso que o Brasil precisa, urgentemente, de uma reforma e de um reavivamento. Reforma porque muitos têm abandonado a sã doutrina e precisam voltar às Escrituras. E reavivamento porque muitas igrejas, embora sejam ortodoxas, falta-lhes poder e quebrantamento."
O pastor também ressalta a grande necessidade que a igreja tem de voltar seus olhos a igreja perseguida. "Os séculos 20 e 21 são onde acontecem o maior número de mártires do cristianismo", afirma ele. "A perseguição nunca destruiu a igreja. A perseguição promove a igreja. A igreja fiel a Deus é indestrutível."
Hernandes também destaca que a perseguição no Brasil já chegou — no caso, a ideológica. "Querem destruir os valores judaico-cristãos que governaram a sociedade ao longo dos séculos. Essa tentativa de se acabar com o gênero, de relativizar a verdade, de se conspirar contra o casamento e contra a família, é uma terrível e perigosa perseguição", aponta.
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