Igreja cristã é reaberta após 22 anos sem permissão para cultos, no Egito

A cerimônia de reabertura contou com a presença de vários líderes cristãos.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 9 de novembro de 2017 às 18:11
Toda a congregação ficou muito feliz em voltar com a igreja. (Foto: World Watch Monitor).
Toda a congregação ficou muito feliz em voltar com a igreja. (Foto: World Watch Monitor).

Foi reaberta no dia 29 de outubro em Minia (cidade do Egito), uma igreja cristã que ficou sem licença de funcionamento durante 22 anos. O fato ocorreu em um período onde diversas igrejas estão sendo fechadas pela polícia, devido a perseguição e ataque de muçulmanos.

Todas as regiões alcançadas pela violência islâmica tiveram de buscar lugares alternativos para adorar a Deus, ou seja, tiveram de viajar para cidades vizinhas.

Boulos Moussa Salib é um dos líderes da igreja reaberta. Ele falou para o Ministério Portas Abertas que “a congregação estava muito feliz de poder voltar para sua igreja” e que eles estão gratos ao governo por finalmente terem o direito de culto. Com a participação de representantes do parlamento, a cerimônia de reabertura também contou com a presença de vários líderes cristãos.

Exatamente no dia de reabertura da igreja, o líder de outra congregação enviou uma declaração criticando os muitos fechamentos. Apesar das tentativas de negociação, o governo alega que as igrejas são fechadas por não ter aprovação de segurança ou por ser consideradas ofensivas aos muçulmanos. São consideradas como “ameaça para a harmonia da sociedade”.

Para tentar contornar esta situação, o governo ratificou a lei de construção de igrejas de 2016 e, no mês passado, um comitê foi montado para trabalhar na legalização das igrejas sem licença. A lei foi criticada por pesquisadores, membros cristãos do parlamento e defensores dos direitos humanos. O governador de Minia afirmou que sua administração quer colaborar com a igreja sem nenhuma discriminação religiosa.

Muitos enxergaram a reabertura da igreja como uma manobra às vésperas da visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Na semana passada ele anunciou que deverá passar pelo Egito e Israel no final de dezembro e ressaltou que os Estados Unidos querem contornar uma ONU "ineficaz" e enviar ajuda diretamente aos cristãos perseguidos no Oriente Médio.

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