Igreja Metodista promove Encontro Nacional de Capacitação

Igreja Metodista promove Encontro Nacional de Capacitação

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

O Salmo 68.11 inspirou o Encontro Nacional de Capacitação para Mulheres da Igreja Metodista de 2010: "O Senhor deu a palavra, e muitas mulheres levaram esta notícia!" Mulheres anunciam boas notícias foi o tema do evento realizado pelo Centro Otília Chaves da Faculdade de Teologia, com o apoio da Confederação das Sociedades de Mulheres Metodistas.

Mais de cem mulheres, de todas as regiões do país, participaram das palestras e oficinas que se realizaram nos dias 11 a 13 de junho, em dependências do Edifício Ômega, com o objetivo de promover uma reflexão crítica acerca dos atuais meios de comunicação e de sua utilização para a proclamação do Evangelho (palavra que, oriunda do grego, significa "boa nova" ou "boa notícia").

O Encontro começou na noite de 11 de junho com uma celebração promovida pela Sociedade de Mulheres da Sexta Região Eclesiástica da Igreja Metodista, que compreende os estados do Paraná e Santa Catarina. Após o momento devocional, a palestra de abertura, proferida pela jornalista Magali Cunha, professora da FaTeo, levou as participantes do evento a refletirem sobre o significado e a relevância da comunicação para as comunidades cristãs.

A palavra "comunicação", destacou a professora, tem origem na palavra latina comunicare , cujo significado é "tornar comum" - mesma origem da palavra "comunhão". Dom divino, que também está presente na Criação, a comunicação, em suas diversas formas, é vital à humanidade: "o ser humano não sobrevive sem comunicação. Ele é comunicação", afirmou a professora.

Inerente ao ser humano, a comunicação sofre as influências da sociedade na qual se insere. Por isso, deve ter sobre si um olhar criterioso: ideias contrárias aos valores cristãos podem ser assimiladas de forma tão natural que passem despercebidas. E a mulher tem sido vítima de uma comunicação marcada pela cultura patriarcal. A professora Magali lembrou uma frase que inúmeros meninos brasileiros já ouviram, muitas vezes de suas próprias mães: "Homem não chora". Implícita nessa frase, afirmou Magali, está a idéia de que o homem é forte, ao contrário da mulher, fraca. "Precisamos evangelizar nossa linguagem", alertou a comunicadora, que também convidou as participantes a observarem com espírito crítico como os meios de comunicação de massa tratam o gênero feminino. "Uma boa oportunidade surge agora, quando temos duas mulheres disputando a presidência da República. A imprensa irá tratar as candidatas da mesma maneira que trata os candidatos?"

A manhã do dia 12 de junho foi dedicada a compreender o papel da mulher como proclamadora do Reino de Deus. A pastora Suely Xavier dos Santos, professora da FaTeo, ministrou um painel sobre a presença feminina nas Escrituras e a pastora Margarida Ribeiro, também docente da FaTeo, juntamente com o professor Fábio Josgrilberg, destacou a participação da mulher na história da Igreja e as possibilidades contemporâneas. Para tornar o resgate histórico ainda mais atrativo, houve até uma teatralização da participação feminina nos primórdios do rádio brasileiro.

Na tarde de sábado, duas oficinas complementaram a programação: Arte, com Maria José, da Igreja Metodista do Jabaquara, e Mulheres e Mídia Metodista, com a pastora Amélia Tavares, redatora da revista Voz Missionária e jornalista Suzel Tunes, assessora de comunicação da FaTeo.

Fiéis ao significado da palavra comunicação, as mulheres metodistas buscaram, sobretudo, momentos de comunhão: troca de informações, ideias, abraços, sorrisos. A participação de estudantes da Fateo, coordenados pelas acadêmicas Kenie e Josiane, foi fundamental para a realização de divertidas dinâmicas de integração. E, na noite de sábado, a professora Rose Maria de Souza conduziu a Noite Cultural, incentivando as mulheres presentes a se comunicarem usando a expressão corporal e a dança.

O evento encerrou na manhã de domingo, com celebração eucarística e culto conduzido pela Federação de Mulheres da Quinta Região Eclesiástica da Igreja Metodista (região que abrange cidades do interior de São Paulo, sul de Minas, de Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

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