Sede nacional e escritório da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), em Louisville, Kentucky.
Um pastor da EUA Igreja Presbiteriana da cidade de Louisville (ligada à PCUSA), em Kentucky oficializou o seu casamento entre pessoas do mesmo sexo, na semana passsada. A cerimônia marcou a união do 'casal' Paulo Kempf e Robb Gwaltney, na capela do Centro Presbiteriano da cidade.
O porta-voz da denominação disse ao 'Christian Post' que a cerimônia foi acompanhada por "cerca de 25 pessoas, uma combinação de família e amigos, juntamente com alguns funcionários da igreja".
Gregg Brekke, da agência 'Presbyterian News Service' escreveu: "... a cerimônia [foi conduzida] pelo Rev. David Maxwell, um editor da Corpooração Presbiteriana de Publicações".
"Kempf tem trabalhado na Igreja Presbiteriana dos EUA desde 2012 e Gwaltney é um ex-funcionário que ajudou a planejar e supervisionar a implantação da igreja em Louisville, no ano de 1988".
Ao longo dos últimos anos, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos gerou polêmica ao se posicionar favoravelmente ao casamento gay. A decisão - tomada após votação no início deste ano em uma assembleia geral - levou à divisão da denominação, com a saída de diversas congregações, passando não serem mais nomeadas pela legenda "Presbyterian Church USA" (PCUSA).
Houve uma alteração na constituição geral da igreja, passando definição do casamento de "união entre um homem e uma mulher" para "união entre duas pessoas, tradicionalmente, um homem e uma mulher".
Após a decisão ganhar caráter oficial, mais de 200 congregações decidiram se desvincular da denominação.
Presidente do Comitê 'Lay Presbyterian' (teologicamente conservador), Carmen Fowler LaBerge disse ao Christian Post questionou a legitimidade da cerimônia, dado que, de acordo com o trecho W-4, 9003, do Livro de Ordem da Igreja Presbiteriana dos EUA, "a cerimônia de casamento está sob a direção do presbítero docente e a supervisão da sessão".
"A Agência'Presbyterian Mission Board' não é nenhum dos dois. Então, uma das minhas perguntas seria: Quem ou o que que autorizou o casamento?", indagou.
Laberge também destacou que a cerimônia poderia ter sido realizada na igreja à qual o 'casal' pertencia e não em um local como a capela do Centro Presbiteriano da cidade.
"Supõe-se que que os dois homens cujo casamento foi realizado na capela no Centro Presbiteriano em Louisville têm uma igreja. Por que não se casaram no contexto da comunidade de culto onde eles são membros?", questionou LaBerge.
Contextualização
A recente aprovação do casamento gay pela Suprema Corte dos Estados Unidos já tem levado diversos grupos cristãos a formularem estatutos que assegurem suas liberdades para recusar a celebração de cerimônias matrimoniais entre pessoas do mesmo sexo em seus templos.
Entre tentativas de firmar sua fé e demosntrar o amor pregado no Evangelho, cristãos de diversas culturas têm buscado se posicionar com relação a temas recorrentes na sociedade, como no caso do casamento gay.
O desafio de expressar o amor vindo de Cristo acaba se confundindo com a aceitação do pecado, enquanto a afirmação de fé se confunde com intolerância e gera divergências entre opiniões de cristãos, representantes de movimentos LGBT e simpatizantes, sobre os limites dos direitos e deveres de cada um neste contexto.
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