Igrejas em Catanduva se sentem ameaçadas por vizinhos

Instrumentos musicais estariam sendo proibidos em cultos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:14

Pastores de várias igrejas evangélicas de Catanduva procuraram representantes da Câmara dos Vereadores para pedir ajuda visando que nenhuma igreja seja fechada. 

O primeiro problema enfrentado por algumas igrejas localizadas próximas a regiões residencias é com relação ao som produzido durante os cultos de oração, que acontecem até as 21h30. 

Segundo o pastor da igreja Assembleia de Deus e Adoração, Everaldo Carlos Amorim, alguns moradores fizeram Boletim de Ocorrência por se sentirem incomodados com o som alto.

Segundo o jornal O regional, os pastores passaram a responder o processo junto ao Ministério Público. Porém, a Lei do Silêncio visa que não se pode haver barulho, som alto e registro de altos decibéis após às 22 horas. Sendo assim, as festas com volume alto e até os cultos poderiam, dentro da lei, seguirem até esse horário. Fato que não vem acontecendo em Catanduva, pois as igrejas estariam sendo impedidas de usar instrumentos durante os cultos. 

Além do problema enfrentado por conta do som, as igrejas vêm sendo surpreendidas por autos de infração arbitrados pela Prefeitura. 


Pastor Airton Antunes - presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Catanduva – COMEC – pastor da igreja Concerto Deus Vivo -  argumenta que os religiosos não estão e não vão fugir de suas responsabilidades, porém muitas vezes por falta de informação e até orientação, podem estar fora de alguma lei municipal. “Queremos fazer o que é certo. Porém, as igrejas que foram autuadas, nunca receberam uma notificação destacando um motivo e dando prazo para regularização. A única coisa que chega são os autos de infração prontos e sem chance de qualquer orientação”, lamenta. 

Para tentar resolver de forma definitiva, os membros das igrejas solicitaram uma reunião com o presidente da Câmara, para a viabilização de uma audiência pública com a presença de representantes do Ministério Público. 

“Queremos estar dentro da lei e resolver essa situação de uma vez por todas”, analisa Paiva. 

O presidente da Câmara, Daniel Palmeira de Lima (PDT), afirmou que o assunto será discutido com o jurídico da Casa e que posteriormente uma reunião será agendada com os membros das igrejas evangélicas, para discutir caso a caso e analisar que procedência adotar. 

Os pastores argumentam também que não presenciam as autoridades lacrando e fechando festas como: Carnaval, Rodeio, Rock na Praça do Aeroporto, por excesso de barulho. 

“Essas festividades podem fazer barulho madrugada adentro, enquanto as igrejas não podem louvar a Deus até as 22 horas?”, indaga o pastor, lamentando uma possível perseguição.  “Precisamos saber exatamente o que está acontecendo com cada igreja, antes de dar qualquer passo”, ratifica. 

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