Igrejas sem proteção são alvos de marginais

Igrejas sem proteção são alvos de marginais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:17

A onda da criminalidade se espalha por todo o Brasil e nem mesmo as igrejas ficam de fora. Recentemente, duas delas, localizadas em cidades no interior da Bahia, foram alvos de ataques de marginais ou quadrilhas especializadas em roubos de imagens sacras para serem vendidas a colecionadores no mercado negro.

Diante disso, a Arquidiocese lamenta os ataques e revelou que não tem como arcar com segurança privada para impedir os roubos nas igrejas.

“Não temos uma comissão de segurança da Arquidiocese para vigiar as igrejas. As paróquias são responsáveis pelas igrejas e tomamos sempre o cuidado de manter as portas e janelas com grades e cadeados, mas isso não é suficiente.

Mesmo os bancos que têm toda uma segurança, são constantemente assaltados. Nós cuidamos das igrejas como se fossem nossas casas, que, no entanto, também sofre assalto diante dos nossos cuidados”, revelou o padre Emanuel Filho, da Arquidiocese.

Os roubos ocorreram nas cidades de Nagé, distrito de Maragojipe e na Ilha de Itaparica, em decorrência de serem cidades com poucos habitantes. Geralmente não é visto seguranças fazendo vigilância das igrejas, que mantêm portas e janelas abertas para o povo nos horários das missas. Algumas de maior porte, como a de São Francisco, mantêm pessoas no local durante a noite, justamente para evitar roubos das imagens.

Para tentar reaver as imagens e descobrir a origem dos autores, a Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar os furtos das cinco imagens sacras. O delegado Paulo Roberto Guimarães Santos, titular da 19ª DT – da Ilha, foi designado para coordenar a força-tarefa. Ele disse que as peças furtadas normalmente são vendidas a colecionadores que as adquire no mercado negro. “Arte Sacra tem um valor histórico e econômico muito grande, essas peças chegam a ser comercializadas fora do país”, explica o delegado.

Vinte e quatro investigadores do efetivo da 19ª DT e a equipe da DT de Maragojipe já iniciaram as investigações para elucidar os furtos ocorridos nas duas igrejas e os trabalhos devem prosseguir para evitar novos ataques. Paulo Roberto acrescentou ainda que a força-tarefa deve atuar inicialmente na região de Itaparica e Maragojipe também com o objetivo de inibir às ações criminosas.

“Mas aos poucos essa área de atuação deve ser estendida a outras regiões vizinhas para impedir que outras igrejas sejam alvos”, enfatiza o titular de Itaparica. Na Ilha, a imagem de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Itaparica e que dá nome à principal igreja do município, foi furtada. O assaltante quebrou a janela lateral e levou a peça católica criada há cerca de 400 anos.

Em Nagé, quatro imagens sacras foram roubadas. Testemunhas viram quatro homens em um veículo Fiat Uno vermelho chegando ao local e arrombando a porta. Os homens estouraram o cadeado da grade e depois arrombaram a porta da frente com um pé-de-cabra e levaram duas imagens de Nossa Senhora do Livramento, uma de Nossa Senhora do Rosário e outra de Nossa Senhora de Santana.

Está foi a segunda vez que a igreja sofreu investida de marginais, mas, segundo a polícia, no primeiro arrombamento, os assaltantes não roubaram nada. Até agora a polícia não tem pistas dos autores dos roubos e nem das imagens roubadas.

Notícias Cristãs com informações do Tribuna da Bahia

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