Um processo movido pelo Ministério Público (MP) contra a Comunidade Evangélica de Ijuí e a prefeitura gera um impasse que mantém as portas da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) fechadas há dois anos. Os promotores questionam o projeto de reforma e ampliação do prédio
A proposta de reforma apresentada pela IECLB mantém a torre frontal e a parte do altar, nos fundos, sugerindo a construção do corpo da igreja em tamanho maior. Já o MP, com o apoio do Conselho Municipal de Cultura de Ijuí (Comuci) e de alguns membros da Comunidade Evangélica de Ijuí, defende que a Igreja seja tombada e apenas restaurada, mantendo sua arquitetura original.
O MP entrou em 2008 com o processo na Justiça, solicitando o tombamento do prédio. Segundo a promotora Diolinda Hannusch, vários acordos foram tentados nesse período, mas nenhum foi aceito pela diretoria da comunidade. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) foi acionado, visitou o local e emitiu seu parecer, apoiando o tombamento. Técnicos do MP também se manifestaram favoravelmente ao tombamento.
- O laudo do Iphae foi questionado pela diretoria da comunidade, que alegou que membros da igreja contrários à reforma teriam parentes trabalhando no instituto. Então acionamos o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) explica a promotora.
Já o advogada da IECLB de Ijuí, Solano Sander, defende que o projeto de ampliação preserva o valor histórico da igreja. Segundo ele, se o prédio for tombado, há uma série de normas a serem seguidas e a conservação do templo seria extremamente cara.
Por: Leila Endruweit
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