Inquérito sobre desabamento na Renascer vai ao STF

Inquérito sobre desabamento na Renascer vai ao STF

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

No title A Polícia Civil de São Paulo decidiu na quinta-feira, propor à Justiça o envio do inquérito do caso do desabamento do teto do templo da sede mundial da Igreja Renascer em Cristo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 18 de janeiro de 2008, o teto da sede internacional da Renascer, no Cambuci, região central de São Paulo, desabou, causando a morte de nove pessoas.

Assinado pelo delegado Marcel Luís de Campos, o relatório feito pela 1ª Delegacia Seccional, a mando do delegado Dejar Gomes Neto, afirma que dias antes do acidente, placas do forro da igreja caíram perto do altar e chegaram a ferir algumas pessoas, ''porém não há notícia de que a administração da Igreja Apostólica Renascer em Cristo tenha adotado providências''.

O relatório prossegue dizendo ser ''inequívoca a responsabilidade dos engenheiros envolvidos na reforma do telhado da igreja, em 1999 e 2000, quando as tesouras que sustentavam o telhado receberam reforço metálico'', afirmou o documento, referindo-se ao reforço dado ao suporte do teto quando este ficou sem o reforço metálico.

O relatório também cita a suposta ''postura negligente dos administradores da igreja'' por terem contratado a empresa Etersul Coberturas e Reformas Ltda, responsável pela reforma do telhado entre julho e dezembro de 2008.

A polícia aponta o fato de a Etersul não ser registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e de ela não ter fornecidos à igreja os documentos legalmente exigidos. ''À vista dos elementos, emergem indícios de responsabilidade em relação ao presidente da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, subscritor do contrato com a Etersul''.

O advogado da Igreja Renascer em Cristo, Luiz Flávio D’Urso, disse que o laudo isenta a Igreja e seus representantes de responsabilidade. ''O fator preponderante foi a ausência do reforço metálico na tesoura T14'', assinalou. ''Não vejo liame de causalidade entre isso e a Igreja. Se nem o IPT se atentou para a falta do reforço, muito menos a Renascer''.

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