IPB investe em tecnologia

IPB investe em tecnologia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:16

O uso de tecnologia e dos novos meios para a difusão de conteúdos deve servir para a aproximação das pessoas. Fisicamente. Não apenas criar um mundo onde o relacionamento é virtual. Com esse objetivo, a Igreja Presbiteriana do Brasil, IPB, iniciou no ano de 2000 a implantação de um sistema de comunicação que, através da internet, agrega a distribuição de notícias, produção de rádio e três linhas de programação de televisão. “Sem as novas tecnologias não teríamos condições de oferecer tanto conteúdo. A mídia tradicional é cara e concentrada em poucos grupos. As inovações permitem um alcance mundial a um custo muito menor” diz o professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie e presidente da Rede Presbiteriana de Comunicação, Gunnar Bedicks.

A implantação dos sistemas, no entanto, é apenas uma parte do desafio. Gunnar defende que instituições como a Igreja Presbiteriana do Brasil precisam se preocupar com as pessoas, como elas vivem e como irão viver em um mundo em que a informação estará disponível em qualquer hora e lugar. Tendo como a referência à necessidade de socialização do ser humano, o professor defende a aplicação da tecnologia para reunir as pessoas, atraí-las para o convívio interpessoal. “Há pessoas extremamente bem informadas e com acesso aos mais variados meios, mas com sérios problemas no relacionamento, que não falam com ninguém, crianças que não fazem amizades. Não é isso que queremos”, explica. A proposta da IPB é usar a tecnologia e, ao mesmo tempo, tratar os conteúdos para que sejam atraentes o suficiente a ponto de despertar o interesse da audiência em procurar as igrejas.

A resposta para esse desafio, segundo Gunnar, é produzir conteúdos de qualidade e adequados a cada público. A escolha da internet, por exemplo, além de ser uma tendência, é atingir a audiência que se forma em resposta ao surgimento de novas tecnologias. “Há uma mudança de paradigma em curso. Dos 55 milhões de domicílios do Brasil, 95% recebe o sinal da TV aberta, mas, quem está na faixa dos 12 aos 24 anos de idade não fica mais passivamente em frente à TV. Eles estão no computador, são muito ativos e têm o perfil que chamamos de multitafera: escrevem um texto e ao mesmo tempo ouvem rádio, estão no Twitter, no MSN, acessam o You Tube”. Outro paradigma quebrado é em relação ao horário nobre da Televisão. Como os conteúdos estão disponíveis 24 horas por dia, acabou o horário nobre tradicional. A partir de agora, o horário nobre é o meu, o seu”, explica. A terceira novidade resultante do uso da tecnologia é a mobilidade. Gunnar destaca que “receber os conteúdos não depende mais de um local onde está o aparelho de televisão. A internet pode ser acessada de qualquer lugar do mundo, além dos sistemas que permitem o acesso a dados, à TV, rádio e internet via aparelhos de celular”.

Para Gunnar Bedicks, os resultados são excelentes. Os relatórios mostram acessos a todos os conteúdos disponíveis no Portal da IPB (www.ipb.org.br ) de inúmeras cidades do Brasil e de diversos países. “A tecnologia deu independência para a produção de conteúdos. Nossas TVs e rádio são acessados da Nova Zelândia, Austrália, Inglaterra. E conseguimos isso sem usar a mídia tradicional”, acrescenta.

Estrutura O projeto de comunicação da IPB está fundamentado em um site multimídia que abriga, além das informações adicionais e administrativas, três sistemas de televisão, cada um com objetivo e conteúdos próprios, uma rádio, o jornal oficial da igreja que pode ser folheado eletrônicamente. Na mídia tradicional, há o programa “Verdade e Vida”, com mensagens cristãs, com o reverendo Hernandes Dias Lopes, e entrevistas com o presb. Daniel Sacramento, veiculado todos os sábados, em rede nacional de TV.

Com o sistema em funcionamento, a IPB intensifica esforços para a produção de conteúdos. “Teremos novos programas próprios e em parcerias com igrejas ou pastores que tenham paixão por produzir conteúdos pelas novas mídias”, informa.

A integração produção-mídias da IPB comprova a viabilidade da produção e distribuição de conteúdos para grandes audiências também por instituições religiosas e, pode, segundo Gunnar, “tornar-se em modelo para o setor”.

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