A lei que obriga os alunos de Ilhéus a orarem o Pai Nosso antes das aulas levantou polêmica em Ilhéus.Sancionanda em dezembro do ano passado pelo prefeito Newton Lima, a medida tem como objetivo despertar nos jovens a importância de valores e que segundo ele, não prevê penalidades para quem não cumprir a orientação. “É uma lei extremamente livre. Eu não coloquei na lei nenhum artigo que obrigue a reza todos os dias, assim como não há nenhuma sanção para quem não queira orar”, defende.
Moradores da cidade levantaram a questão: É correto obrigar alunos a rezarem, todos os dias, antes das aulas?
O filósofo, Ricardo Líber não vê nenhum problema em rezar, nas escolas, mas, lembra que sendo o Brasil um país laico, com liberdade religiosa, todas e não apenas uma religião, deveria ser contemplada. “Mas, se forem contemplar a todas as religiões não haverá aula então o melhor é não ter lei nenhuma a este respeito. A escola não é uma igreja.”, critica.
Para o antropólogo Roberto Albergaria a medida é mais uma tentativa de grupos religiosos de “resagralizar” a sociedade. “As pessoas estão cada dia mais materialistas e o sagrado cada vez mais difuso e esta é uma tentativa de modificar este quadro”, lembra. O estudioso considera a “Lei do Pai Nosso” uma afronta à democracia e à liberdade individual, “além de ser uma representação do fanatismo religioso”, acrescenta ele.
Com informações da Tribuna da Bahia
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