Lisa Bevere chama a desordem desta era de “luciferiana”: ‘Cristãos devem se opor’

A escritora e palestrante cristã Lisa Bevere não está ignorando as complexidades e dificuldades do momento cultural atual. Ao contrário, ela diz que diante do caos mundano, os cristãos devem florescer.

Em uma recente aparição no programa "Faith vs. Culture" da CBN News, Lisa, que escreveu "Fight for Female" (Luta pela Mulher, em tradução livre), afirmou que os cristãos devem se distinguir da desordem desta era "luciferiana."

“Na desordem, a força oposta é a ordem”, ela disse.

“No caos, quando tudo é destrutivo, a força oposta é o florescimento. Portanto, como realmente combatemos algo no Espírito é lutando por meio do florescimento. Eu acredito, em primeiro lugar, que devemos renunciar a qualquer aliança ou acordo que tenhamos feito com [a desordem] e então operar no Espírito oposto.”

“Então, se a cultura está destruindo a família, nós construímos a família”, continuou a esposa do pastor John Bevere.

“Se o sistema educacional é de doutrinação, nós entramos no sistema educacional e descobrimos como melhorá-lo.”

Pastores devem falar

A pastora de 64 anos alertou os cristãos contra o afastamento completo do mundo convencional. Ela explicou que há “perigo” em “se esconder em vez de se equipar.”

Ela acrescentou: “Queremos proteger, não prender.”

Parte desse “equipamento” envolve compreender as Escrituras e saber como aplicar a Bíblia na vida cotidiana.

Lisa Bevere incentivou os pastores a abordar questões polêmicas que marcam a cultura moderna, como sexualidade, justiça, etnia, aborto e estrutura familiar.

“Eu realmente acho que os pastores foram empurrados para cantos onde lhes dizem, ‘Ei, você não pode falar sobre isso’”, observou ela.

“Isso é uma mentira; Jesus falou sobre tudo, e portanto, se você é um ministro, deve ter uma voz em todas as áreas – não ser restrito apenas aos sermões de domingo.”

Parte do caos do mundo também está invadindo a igreja.

Uma pesquisa da YouGov no final de 2022 revelou que a grande maioria dos americanos (87%) adere a pelo menos uma crença que pode ser considerada um princípio do “espiritualismo novo”, como karma, hipnose, a existência de extraterrestres ou a “lei da atração”, mais conhecida como “manifestação.”

Base teológica deficiente

Muito disso está ligado a uma base teológica deficiente, como disse Dr. Peter Bylsma, outro convidado do “Faith vs. Culture” no início deste verão.

Lisa, autora do novo livro "The Fight for Female: Reclaiming Our Divine Identity" (A Luta pelo Feminino: Reivindicando Nossa Identidade Divina, em tradução livre), incentivou os cristãos que estão confusos com os diversos tópicos controversos da sociedade atual a levar suas dúvidas a Deus em oração.

“Essa é uma postura de humildade”, explicou ela.

“Diga, ‘Deus, estou tão confuso agora. Recebi tantas informações que perdi o rumo; perdi o meu verdadeiro norte.’ Ajoelhe-se e diga, ‘Deus, eu entrego todos os meus pensamentos, todos os meus planos, todos os meus preconceitos, todas as minhas opiniões a você, e Deus, eu vou renovar minha mente com a Palavra.’”

Palavra de Deus

“A Palavra de Deus renova nossa mente”, continuou Lisa Bevere. “Temos que dizer, ‘Não, eu não vou ouvir meus sentimentos.’ … Temos uma geração que foi sequestrada emocionalmente pelos seus sentimentos, e o que você foca é o que você dá poder. Vivemos em uma geração que vive nas redes sociais, no trauma do passado, e está perdendo o ímpeto do momento presente.”

A escritora explicou que acredita que as ansiedades que afligem a Geração Z são parte de um ataque espiritual “estratégico” realizado pelo “inimigo.”

Vale mencionar que, segundo uma pesquisa do outono do ano passado, 61% dos membros da Geração Z foram diagnosticados com condições de ansiedade.

“Ele quer nos distrair de quem estamos nos tornando, e isso é porque essa geração é uma ameaça”, disse Lisa, exortando as gerações mais velhas a não “ajudar” Satanás ao menosprezar a Geração Z.

“Eles foram alvos porque são uma ameaça. E eu acredito que Deus quer ungi-los para profetizar, mas eles se contentaram em criticar.”