Livro com visão bíblica sobre casamento é julgado como "discurso de ódio" pelo Twitter

O pastor Craig Stellpflug afirmou que o anúncio de seu livro sobre casamento foi rejeitado pelo Twitter, mesmo que o material não seja homofóbico.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 28 de julho de 2017 às 12:30
Usuários de redes sociais se conectam com logo do Twitter ao plano de fundo. (Foto: Portal Comunique-se)
Usuários de redes sociais se conectam com logo do Twitter ao plano de fundo. (Foto: Portal Comunique-se)

O Twitter rejeitou o pedido de um pastor para usar a plataforma de publicidade do site de redes sociais para promover uma publicação que destaca seu novo livro, que defende a visão bíblica sobre o casamento.

No dia 2 de julho, o pastor Craig Stellpflug, de 56 anos, pagou por anúncios do Twitter para promover um tweet que publicou sobre seu novo livro, intitulado "One Man One Woman: God's Original Design for Marriage" ("Um Homem Uma Mulher: O Design Original de Deus para o Casamento"), lançado pela editora WestBow Press, em junho deste ano.

Stellpflug, um médico aposentado com uma carreira pastoral que agora ministra estudos bíblicos e atua como professor da escola dominical da Igreja Batista Sunrise, em Custer, Washington (EUA), disse ao 'Christian Post' que recebeu uma resposta por e-mail do Twitter no dia 3 de julho, dizendo-lhe que seu tweet "Não foi aprovado para uso em sua campanha de anúncios do Twitter".

O tweet em questão afirma: "One Man One Woman' é sobre o design original de Deus para o casamento, desde de Adão e Eva, no Jardim do Éden, até os dias de hoje". O tweet também inclui uma foto do livro e um link para a livraria on-line WestBow Press.

O email de 3 de julho que o Twitter enviou à Stellpflug, que foi compartilhado com 'Christian Post', explicou que a publicação violava a política de anúncios do Twitter.

"Esta determinação é baseada na seguinte política de anúncios do Twitter: discurso de ódio", informava o email do Twitter para o pastor.

O e-mail incluiu um link para uma página da web que descreve a política de publicidade do Twitter, que afirma que o Twitter proíbe o "conteúdos com discurso de ódio, temas sensíveis e violência".

O Twitter lista uma série de cenários em que a política se aplica, incluindo "discurso de ódio contra um indivíduo, organização ou grupo protegido, baseado em raça, etnia, origem nacional, cor, religião, deficiência, idade, sexo, orientação sexual, identidade de gênero , Status de veterano ou outro status protegido".

Mas o que o pastor conta é que o Twitter chegou a promover seu tweet em algum momento e só depois da taxa pelo serviço ter sido cobrada, enviou o comunicado ao autor do livro, cancelando o anúncio.

"Eles chegaram a promovê-lo inicialmente, eles levaram meu dinheiro", disse Stellpflug ao 'Christian Post'. "Então, eu recebi esse email que o tweet não foi aprovado e que estava sendo classificado como 'discurso de ódio".

Stellpflug assegurou que seu livro "definitivamente não é um material que prega o ódio contra homossexuais" e que "não é sobre o movimento LGBT".

"Na verdade, abordo questões diferentes, como homossexualidade, adultério, divórcio, pornografia e outros subtemas semelhantes", disse ele. "Eu não dou peso especial à homossexualidade. Eu dou muito peso ao perdão de Deus e o julgamento de Deus com relação ao nosso julgamento".

O Christian Post procurou a comunicação do Twitter para comentar o motivo pelo qual o tweet de Stellpflug foi considerado "discurso de ódio", mas nenhuma resposta foi recebida até a publicação da matéria.

"Suponho que se eu nomeei meu livro 'One Man and Another Man Together in Marriage' ('Um Homem e Uma Mulher Juntos no Casamento'), ele não seria tão críticado e, na verdade, conseguiria elogios, já que tantos clamam por paz e unidade", disse Stellpflug ao 'Christian Post'.

"Meu livro não é um 'discurso de ódio'! Ele destaca os valores cristãos sobre o casamento. Nós temos que nos curvar tão baixo em nosso país que a minha liberdade de expressão está ameaçada, porque eu promovo minhas crenças cristãs? Eu direi onde está o ódio. Ele é exibido por poucos contra a maioria, como uma ferramenta para promover agendas liberais", destacou.

 

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