A oração em línguas estranhas ainda é um tema controverso no meio cristão. Para esclarecer o assunto, o pastor Luciano Subirá destaca que é necessário haver uma separação dos tipos distintos de variedades de línguas.
Em entrevista ao canal JesusCopy, Subirá lembra que entrou em crise por causa desse tema, já que ele se deparou com três linhas de pensamentos teológicos — falar em línguas não é para hoje; falar em línguas pode até ser para hoje, mas não para todos e falar em línguas é para hoje e para todos.
Subirá lembra que diante dos conflitos, cada grupo cristão dava sua base bíblica. Um lado usava o trecho de Marcos 16:17, que diz: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome (...) falarão novas línguas”. O outro, se baseava em 1 Coríntios 12:28-30: “Têm todos dons de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam?”
Enquanto buscava saber qual linha de pensamento estava correta, Subirá chegou à conclusão de que todas poderiam estar erradas. “A gente não leva em conta a distinção”, disse ele, que notou essa diferença em 1 Coríntios 14.
“O propósito dos dons é para a edificação dos outros. Então se eu falo em línguas para me edificar, o falar em línguas como uma linguagem de edificação pessoal não entra na lista dos dons”, o pastor esclarece.
“Quando o apóstolo Paulo fala de variedade de línguas, ele acrescenta o dom de interpretação. Não existiria o dom de interpretação sem o dom de variedade de línguas. Os dois unidos produzem um resultado semelhante à profecia. É muito importante que a gente faça essa distinção”, acrescenta.
Interpretação e profecia
Por que o dom de línguas com interpretação é semelhante à profecia? “Profecia é Deus falando com o homem. Línguas com interpretação — que é igual à profecia — é Deus falando com o homem. Mas quando só o homem ora em línguas, ele é quem está falando com Deus. São coisas diferentes”, responde Subirá.
O pastor também afirma que ao longo da vida, os cristãos podem ter experiências com diferentes dons, mas não poderão operar todos os dons. “Dom de variedade de línguas não é para todo crente. Mas quando Jesus diz ‘estes sinais seguirão aos que crerem’, ele não fala sobre o dom. Prefiro chamar isso de linguagem de oração, uma ferramenta de edificação pessoal. Essa sim todo crente pode experimentar”.
Por outro lado, Subirá ressalta que aqueles que não tiveram essa experiência não são menos crentes por isso. “O crente que não fala em línguas tem o nome escrito no livro da vida, tem o Espírito Santo habitando dentro dele independente da experiência, e nenhum de nós pode desvalorizar isso”, observa.
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