Comparações entre as seleções brasileiras da Copa do Mundo de 2010 e a de 2014 têm sido inevitáveis. Luiz Felipe Scolari parece ter conseguido, no mínimo mais aprovação popular que o campeão de 1994, Dunga. Porém a decisão mais recente do treinador parece que não irá agradar ao público cristão. Se antes, os evangélicos Kaká, Lúcio e Jorginho proclamavam sua fé das formas possíveis, desta vez a Seleção não poderá receber a visita de pastores ou padres em sua concentração.
Personagem marcante nas seleções de 2002, 2006 e 2010, o pastor Anselmo Reichardt, que antes tinha acesso liberado para visitas ao time, agora não terá mais este direito.
Amigo de atletas como Lúcio, Kaká e Edmilson, além do auxiliar técnico, Jorginho, o pastor também foi convidado a estar presente na Copa América de 2001. Mas desta vez será diferente.
O líder cristão se hospedou por conta própria em Teresópolis (RJ) e tentou acesso à concentração do time, na Granja Comary, mas não teve sucesso. O único local onde conseguiu entrar, foi o centro de imprensa do Centro de Treinamento e não teve qualquer acesso aos atletas.
Apesar do acesso impedido, o pastor buscou ser discreto ao comentar o assunto.
"Não gosto de falar em proibição. Apenas respeito as determinações. As pessoas só devem entrar na folga. Se alguém me convidar, estarei lá. Estou aqui em Teresópolis para isso, mas até agora ninguém falou nada", contou.
O pastor ainda lembrou que sua intenção não implica na realização de nenhuma cerimônia religiosa, mas sim em apoiar os atletas.
"Não quero culto, apenas ficar à disposição dos amigos. Estou aqui orando por todos, até por vocês da imprensa. Essa é a minha missão. Estive lá na semana passada para rever amigos, mas não entrei. Não fui lá para cima", disse.
Na Copa das Confederações de 2009, haveria uma "comemoração religiosa" na final, mas a proposta foi repreendida pela Fifa. Após a vitória sobre os Estados Unidos, os atletas fizeram uma roda no centro do campo e oraram juntos. A cena foi televisionada para o mundo inteiro.
Amigos, amigos...
Apesar de professar a fé católica, o treinador não irá permitir nem mesmo a visita de seu bom amigo, o padre Pedro Bauer à concentração.
O líder católico havia se tornado amigo do treinador em 1991, quando deu sua bênção aos atletas do Criciúma (time comandado por Felipão na época), na Copa do Brasil. 20 anos depois, Pedro visitou a concentração do Palmeiras em 2011 e frequentou a casa do técnico por um tempo.
Porém desta vez algumas coisas estão mudadas. Pedro confessou que atualmente vê o treinador em uma situação "blindada".
"Eu vejo o Felipão blindado. Acho que o telefone dele está bloqueado pela CBF depois que teve aquela piada envolvendo o presidente do Atlético de Madri. Eu não consigo mais falar com ele, não sei se trocou de telefone. Mas eu respeito a posição dele de preservar e não me meto muito. Continuo orando de longe para que tudo dê certo", disse.
A "piada" citada pelo padre se refere a um trote telefônico em que um humorista de uma rádio espanhola se passou pelo presidente do Atlético de Madri.
Com informações da UOL
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