Em uma exibição mortal, 125 mulheres na Coreia do Sul engoliram drogas abortivas durante um protesto contra as leis pró-vida do país. O site Korea Bizwire relata que o evento aconteceu no dia 26 de agosto em frente ao Pavilhão de Bosingak em Seul.
Segundo o relatório, outras 30 mulheres tomaram vitaminas para que as autoridades não pudessem dizer quais delas engoliram as drogas ilegais que causam o aborto.
Vestidas de preto, elas exigiram que o governo legalizasse a morte de bebês. O grupo pró-aborto alegou que 125 mulheres abortam seus bebês pelo fato deles nascerem ilegalmente na Coreia do Sul, de acordo com o relatório.
“Trinta outras participantes do sexo feminino tomaram pílulas de vitamina, por não serem discerníveis das pílulas abortivas, como medida para proteger as mulheres que tomaram Mifegyne (antiprogesterona esteroidal sintética que causa o aborto), durante a manifestação". Essas pílulas são atualmente proibidas no país.
As mulheres afirmaram que “o aborto não é tabu ou pecado” e que a sociedade as pune ao vincular o aborto à promiscuidade e à solteirice. "O aborto é a cirurgia mais comumente realizada no mundo e as mulheres normais optam por abortar por várias razões", continuaram as ativistas.
Elas também pediram ao governo que tornassem legais os medicamentos para o aborto e que eles permaneçam facilmente disponíveis, de acordo com o relatório.
Drogas mortais
No entanto, as drogas são perigosas e podem ser mortais para a mãe e para o feto. Complicações de drogas abortivas incluem sangramento excessivo, infecção, aborto incompleto que requer cirurgia e morte da mulher.
Um relatório da Food and Drug Administration em 2017 descobriu que 22 mulheres morreram, mais de mil foram hospitalizadas e quase 600 sofreram uma perda de sangue severa que exigiu transfusões depois de tomar as drogas do aborto nos Estados Unidos.
As ativistas têm pressionado para revogar a proibição de abortos da Coreia do Sul há mais de 50 anos, em resposta ao aumento do número de mães solteiras em sua sociedade, segundo reportagens da UCA. Em fevereiro, elas enviaram uma petição ao governo pedindo a legalização do aborto sob demanda. Atualmente, os abortos são ilegais, exceto em casos de estupro, incesto, distúrbios genéticos graves ou riscos à saúde da mãe.
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