André Moura (SE), líder do Partido Social Cristão (PSC), anunciou nesta terça-feira a indicação de Marco Feliciano (SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos.
Em entrevista coletiva após o anúncio, o pastor indicado citou Martin Luther King.
"Disseram ser da Idade da Pedra ou dos tempos de caça às bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Luther King. Não me comparo a ele, mas era também um cristão", ponderou.
Mesmo não citando claramente qual, Feliciano voltou a falar do espaço excessivo que a Comissão dá a apenas um movimento, o LGBT.
Quanto a união civil de pessoas do mesmo sexo, o pastor reafirmou ser contra.
"Casamento civil é entre um homem e uma mulher. E ponto final. É o que diz nossa Constituição. Fora disso, nada existe. Defendo o plebiscito e vou ver em que pé está meu projeto, que estava parado na comissão."
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), na semana passada, disse que pode não integrar a comissão se confirmada a indicação de Feliciano, que respondeu.
"Gostaria de tê-lo na comissão. Mas se ele fugir da raia vai ficar feio para ele", afirmou.
Chico Alencar (PSOL-RJ) também criticou a indicação de Feliciano. "Essa indicação vai inviabilizar a comissão que é dos direitos humanos. Será a comissão dos valores religiosos, do fundamentalismo e da higienização da raça. Foi uma insensatez do PSC."
com informações de O Globo